Novo programa vai qualificar 25 mil trabalhadores na área digital

De acordo com o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, trata-se de um projeto que assenta as suas bases em “ações de formação especializada” na área digital, e que tem por objetivo prioritário “responder às necessidades transversais das empesas” que têm manifestado interesse na formação nesta área dos seus trabalhadores, “quer ao nível das tecnologias de informação e comunicação, quer ao nível da operação digital de equipamentos e da sua manutenção”.

Trata-se de uma iniciativa, como referiu o governante, que visa promover “a inovação na articulação de respostas formativas” que potenciam “um ajustamento mais rápido” entre a oferta e a procura de competências e qualificações do mercado de trabalho, na área digital, proporcionando em simultâneo a possibilidade de poder haver um incremento das “competências digitais”, com vista à “promoção da requalificação e da inclusão social dos ativos”, e a “minimização do impacto da automação no mercado de trabalho”.

Para Miguel Cabrita, esta parceria, que “representa um esforço conjunto” de diferentes áreas governativas articuladas com a CIP, tem sobretudo como objetivo prioritário obter resultados “cada vez mais eficazes neste domínio estratégico do conhecimento da área digital”, sendo que o pressuposto determinante, como salientou, é que os resultados entretanto obtidos “constituam um contributo significativo” para o envolvimento das empesas portuguesas, em particular das “micro e PME tradicionais”, mas também para o “reforço da presença digital e da incorporação tecnológica nos respetivos processos internos e nos modelos de negócio”, assim como na “efetiva capacitação e transformação digital”, fator que o governante classifica como crítico para a “empregabilidade das pessoas e para o crescimento da produtividade e competitividade da economia”.

Transição digital

Também o secretário de Estado André de Aragão Azevedo, depois de recordar que este programa é a “concretização de mais uma iniciativa integrada no Plano de Ação para a Transição Digital”, lembra que se trata de uma iniciativa que “vem acelerar a transição digital da economia portuguesa e promover o aumento da competitividade das empresas”.

Para o secretário de Estado para a Transição Digital, a capacitação dos trabalhadores “é um passo fundamental” para que o tecido empresarial possa avançar para novos modelos de negócio, defendendo André Aragão Azevedo que esta nova perspetiva de negócio “deve estar alicerçada no Digital”, sobretudo num momento, como acrescentou, “em que o comércio online regista uma procura crescente”.

As ações de formação serão dinamizadas através da rede de centros do IEFP e das associações empresariais associadas da CIP. Terão início ainda este ano e vão decorrer até ao final de 2021, prevendo-se que abranjam 25 mil formandos.