Novo modelo de avaliação alinha com melhores práticas internacionais
Numa intervenção na Assembleia da República, Porfírio Silva reiterou que “o Partido Socialista não tem nenhuma posição radical sobre os exames em geral, como demonstra o facto de o modelo agora em vigor manter os exames do 9º ano”.
O deputado socialista sublinhou ser necessário lembrar que “estamos a falar do ensino básico, e o mais importante é a avaliação contínua, essa avaliação centrada no trabalho concreto da sala de aula – que já era, e vai continuar a ser, o elemento decisivo, tanto para a aprendizagem como para a formação da nota”.
Acrescentando ser natural que “que aqueles que só pensam em multiplicar exames e em rankings, e que por causa dessa fixação esquecem o essencial, que é a aprendizagem dos alunos, de todos os alunos, estão nervosos”.
Mas não deveriam, porque, frisou, “o novo modelo de avaliação externa coloca o foco no que importa, ou seja, nas condições de funcionamento das escolas”.
E isto porque, explicou, “enquanto o calendário anterior interrompia as aulas a meio do 3º período para as provas, no novo calendário as provas realizam-se na última semana de aulas, minimizando o seu impacto nas outras disciplinas. É disso que os saudosos de Crato se esquecem: da vida concreta das escolas”.
Na sua declaração política sobre educação, onde lembrou que o Ministério da Educação colocou como primeira prioridade de atuação a “promoção do sucesso escolar”, no quadro de uma das “orientações fundamentais do programa do XXI Governo Constitucional, Porfírio Silva afirmou que “cabe-nos assumir as nossas responsabilidades e dar a mensagem correta aos alunos, aos pais, aos profissionais: continuem a estudar, continuem a ensinar, a seu tempo virão as provas de aferição para ajudar a melhorar esse trabalho. E nunca, nunca mais, a avaliação como castigo”.