Novo contrato social que foi possível em Portugal tem de ser possível na Europa
“Quando nem a Europa acreditava que conseguíamos, nós demonstrámos que este novo contrato social era possível”, sublinhou Pedro Marques, acrescentando que se “foi possível em Portugal, tem de ser possível na Europa”, afirmou.
O anunciado cabeça de lista recordou que, enquanto o Governo socialista implementava uma “mudança de políticas em Portugal e lutávamos na Europa para evitar sanções de Bruxelas a Portugal, tivemos Manfred Weber, o candidato do PSD e do CDS à Comissão Europeia, como principal rosto da exigência de sanções contra Portugal”, criticou Pedro Marques.
Mas, como lembrou, não foi apenas o candidato à presidência da Comissão Europeia apoiado pelo PSD e pelo CDS que resistiu e criou dificuldades a Portugal, houve também “cassandras da direita a dificultar a tarefa, anunciando o Diabo”.
PSD tenta apagar memória do catastrofismo que anunciava
“Na onda de Passos Coelho, lá vinha Paulo Rangel, na Universidade de verão de 2016 do PSD, dizer que o futuro de Portugal é uma parede e que, inevitavelmente, seria conduzido a um novo resgate. Três anos passados, [na passada sexta-feira], Manfred Weber esteve a passear, ali, do outro lado do rio, no Porto, com Paulo Rangel, a pedir o voto dos portugueses”, indignou-se Pedro Marques.
Ou seja, o PSD e o Partido Popular Europeu, “há três anos, pediam sanções e punham em causa os esforços de Portugal para sair do procedimento por défices excessivos” e “agora vêm aqui pedir o voto dos portugueses”, exclamou Pedro Marques.
“Eles não têm memória, não se querem lembrar do mal que fizeram. Mas nós lembramo-nos bem, e os portugueses não se esquecerão”, afirmou o ‘homem-forte’ do Governo na reprogramação dos fundos comunitários.
Escolher o caminho do progresso e da solidariedade
Após estas criticas, o cabeça de lista manifestou a sua preocupação perante a atual situação da Europa, considerando que a União Europeia está numa “encruzilhada em que é preciso escolher um só caminho”.
“Escolher entre a Europa dos populistas ou a Europa dos progressistas. Dos nacionalistas ou dos europeístas. Escolher entre uma Europa que exclui ou uma Europa que integra. Uma Europa de países mais ricos com cidadãos mais pobres; ou uma Europa com mais emprego e menos desigualdades”, referiu o candidato ao Parlamento Europeu.
“Somos progressistas e somos europeístas. Não queremos a Europa da Troica nem a Europa do ‘Brexit’. Queremos uma Europa unida, solidária, que não se fragmenta e não embarca em aventureirismos”, afirmou Pedro Marques.
“Quero daqui, de Vila Nova de Gaia, do norte do país, deixar o compromisso de que, nesta campanha, tudo farei para discutir as questões europeias com a maior profundidade possível. Espero que os meus adversários me acompanhem na tentativa de que as nossas discussões sejam elevadas, úteis e esclarecedoras”, disse o socialista que conseguiu reforçar os fundos comunitários do Portugal 2020.
Dirigindo uma mensagem às restantes forças políticas, Pedro Marques disse aceitar o combate político, “mas esse debate deve centrar-se em propostas e em ideias”, apelou. Até porque, segundo o ‘número um’ da lista do PS, “os portugueses penalizarão os que escolherem o caminho do populismo e do bota-abaixo”, salientou.
Por fim, perante um pavilhão repleto, Pedro Marques anunciou que João Azevedo será o diretor da campanha do PS às eleições europeias. Enaltecendo a escolha do dirigente socialista e presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Pedro Marques afirmou que “João Azevedo é bem representativo desta nova geração de autarcas que tanto honram o PS, vem do interior e sabe bem o que é o poder de uma autarquia para mudar a vida das pessoas”.