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Novas tecnologias devem servir conciliação entre vida familiar e profissional

Novas tecnologias devem servir conciliação entre vida familiar e profissional

A ministra da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, apelou a uma maior participação das mulheres nos órgãos de decisão e defendeu que é preciso usar as novas tecnologias na conciliação entre a vida familiar e profissional. A governante considera, também, que “não basta haver quotas de género: é preciso que haja mulheres com vontade de participar”.

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Novas tecnologias devem servir conciliação entre vida familiar e profissional

As declarações foram proferidas no âmbito da conferência da União para o Mediterrâneo (UpM), subordinada ao tema das “Mulheres constroem sociedades inclusivas”, que teve lugar hoje, em Lisboa.

Leitão Marques destacou o trabalho que tem vindo a ser realizado em Portugal em matéria de igualdade de género e direitos das mulheres, onde o Partido Socialista se tem afirmado como o principal impulsionador da evolução registada, nomeadamente, pelos contributos que tem conferido para os avanços no quadro legislativo.

A este propósito, a ministra salientou que já neste ano foi aprovada, na generalidade, a revisão da lei da paridade, com vista a aumentar a participação das mulheres nos órgãos de poder político.

Referindo-se à temática da conferência, a governante reconhece que não basta haver leis e, por outro lado, que as esferas pública e privada são indissociáveis.

“Estas leis, que permitem ou forçam maior paridade nos cargos de direção, não serão efetivas se não tomarmos outras medidas, provavelmente mais difíceis, porque são muito de natureza cultural, que facilitam essa participação efetiva, que facilitam a possibilidade de participar”, considerou Leitão Marques.

A ministra com a tutela da Igualdade reafirmou que continua determinada e a trabalhar “intensamente, com todo o apoio do primeiro-ministro”, num programa de ação para a conciliação da vida familiar e profissional. Este programa, acrescentou, irá incluir medidas que “visam melhorar o bem-estar de indivíduos e famílias, no uso do tempo, na distribuição do tempo”, bem como, no domínio da produtividade, da satisfação laboral e da sustentabilidade demográfica”.

Utilidade das novas tecnologias

A criatividade e as novas tecnologias têm enorme potencial para a conquista de mais igualdade, mais tempo de lazer, mais tempo em família e mais e melhor conciliação entre a vida pessoal e a carreira profissional, disse a governante, que considera que a “economia de cuidado ainda penaliza muito mais as mulheres do que os homens”.

Maior equilíbrio significa “uma sociedade mais justa e igual, que permita escolhas mais livres nas diferentes esferas de vida”, avançou Maria Manuel Leitão Marques.

A ministra reafirmou, ainda, que o atual Governo tem como objetivo da sua ação a erradicação de todas as formas de violência contra mulheres e raparigas, indicando como exemplo o novo plano de ação para a prevenção e combate contra a violência contra mulheres e a violência doméstica, o qual contempla, entre outras, medidas especificas de combate à mutilação genital feminina.

Portugal na linha da frente

Presente na conferência, que decorre entre hoje e a próxima quinta-feira, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, o secretário-geral da União para o Mediterrâneo, Nasser Kamel, teceu grandes elogios a Portugal, salientando que o nosso país “está na linha da frente da igualdade de género”.