Nova estratégia para a cultura
A deputada socialista rejeitou assim, liminarmente, a acusação de que haja “qualquer tentativa de controlo da máquina do Estado através de nomeações”.
Depois de referir que o ministro da Cultura, João Soares, fez uma análise em que detetou “erros e falhas que deviam ter consequências” na gestão do CCB, Gabriela Canavilhas defendeu que “o Governo precisa de ter nas suas instituições líderes que deem corpo à sua estratégia. Se essa estratégia fica comprometida, será melhor que seja concretizada por outro protagonista”.
Segundo a deputada do PS, “havia uma desadequação da estratégia do CCB relativamente ao plano estratégico que o ministro da Cultura tem para a área”.
E além disso, acrescentou, “havia a necessidade dessa estratégia do CCB ser concertada com a Câmara Municipal de Lisboa”.
Uma programação abrangente
Entretanto, Elísio Summavielle, nomeado ontem pelo ministro da Cultura para presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), afirmou que pretende “uma programação criteriosa, mas abrangente” e quer atrair os jovens.
“Eu gosto de ver o Centro Cultural de Belém cheio de gente, eu acho que tem de haver uma programação criteriosa, claro, mas abrangente. Acho que os espaços públicos devem ser mais fruídos pelas pessoas, além dos auditórios, dos espaços expositivos e das galerias”, disse Elísio Summavielle.
“Acho que é possível puxar pela juventude e ganhar público para a cultura, e é essa a missão do CCB, e é essa a missão da Fundação CCB”, acrescentou.