Nomeação é a mais partidarizada dos últimos anos e forçada pelo primeiro-ministro
Face à decisão do Conselho de Ministros de enviar à Assembleia da República uma proposta de recondução de Carlos Costa, Pedro Nuno Santos lamentou que o PS tenha sido informado apenas hoje de manhã pelo primeiro-ministro, “numa fase em que este Governo está em final de mandato e quando, pela primeira vez, está a ser feita uma nomeação num ambiente pouco consensual e até mesmo de contestação por parte de clientes do Banco Espírito Santo (BES).”
“Mais do que nunca se justificava procurar um apoio mais alargado para a nomeação do próximo governador do Banco de Portugal e esta é talvez a nomeação mais partidarizada a que se assistiu nos últimos anos”, condenou o deputado, recordando que estão em vigor desde terça-feira as novas regras para a escolha do governador do Banco de Portugal.
De acordo com as novas disposições legais, decorrentes de um diploma apresentado pelo PS no passado mês de abril, depois aprovado pela maioria PSD/CDS e promulgado pelo Presidente da República, o candidato a governador do Banco de Portugal proposto pelo Governo está sujeito a uma audição parlamentar obrigatória por parte da comissão competente da Assembleia da República, que deve elaborar o respetivo relatório descritivo.