Nenhuma criança deixará de completar ciclo que frequenta
“Não diabolizamos nada, não fazemos é confusões, nem fazemos demagogia à custa daquilo que é a confiança e a tranquilidade que as crianças e as famílias têm de ter relativamente àquilo que o senhor contratou e que, pelos vistos, enganou as pessoas sobre aquilo que contratou”, afirmou António Costa.
O primeiro-ministro respondia a uma pergunta colocada pelo líder do PSD, Passos Coelho, no debate quinzenal no Parlamento.
Reiterando que o Governo está a cumprir “escrupulosamente” os contratos assinados pelo anterior Executivo PSD/CDS-PP, António Costa fez questão de denunciar que estes podem “ter iludido algumas pessoas”, pois o que está lá disposto “é assegurar numa base plurianual que sejam cumpridos e financiados com contrato de associação os meninos até completarem o ciclo onde se matricularam”.
Ou seja, explicou, não está garantida a “transição de um ciclo para ou outro, nem a abertura de novas turmas nos primeiros anos dos ciclos anteriores”.
Direita bate na mobília
A acusação do primeiro-ministro de que o PSD “enganou” as pessoas sobre os contratos de associação que assinou provocou um ataque de nervos na bancada laranja, com alguns deputados a baterem violentamente com as mãos na bancada.
Tal comportamento, que começa a ser uma triste marca da direita, originou uma intervenção do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, lembrando “há formas regimentais de proteger a honra que passam por não estragar a mobília”.
Reiterando que o Governo está a aplicar a lei, António Costa assegurou que nenhuma criança que esteja abrangida por um contrato de associação deixará de terminar o ciclo no mesmo colégio.
“Não tenho a visão sobre os colégios privados e cooperativos idêntica à que tem [Pedro Passos Coelho] sobre os sindicatos em Portugal por isso eu não diabolizo os colégios privados e cooperativos”, acrescentou.