Não há motivos para aplicar medidas adicionais
Falando aos jornalistas à margem da cimeira UE-Turquia, António Costa afirmou: “Nós divergimos da Comissão quanto à análise. Nós não identificamos os mesmos riscos, mas tomamos boa nota das recomendações da Comissão e, na postura construtiva que sempre temos tido, preparar-nos-emos para qualquer eventualidade, porque a nossa determinação de alcançar os objetivos previstos no orçamento é total”.
O primeiro-ministro sublinhou que “o nosso compromisso é uma execução rigorosa do Orçamento, de forma a diminuir os riscos e a reforçar a confiança”.
Acrescentando que “o nosso plano B é executar o plano A. E, portanto, é aí que temos estado a trabalhar”.
Nesse sentido, reafirmou que “não vemos qualquer razão para alterar o Orçamento, não vemos qualquer razão para temer a nossa capacidade de dar uma boa execução ao orçamento, não vemos qualquer razão para recear não alcançarmos os objetivos muito ambiciosos que estão contidos no Orçamento”.
O primeiro-ministro reiterou que os indicadores de que o Governo dispõe mostram que as medidas adicionais “não serão necessárias”.
Comissário europeu clarifica afirmações e reafirma confiança
Entretanto, o comissário europeu dos Assuntos Económicos veio hoje clarificar as suas declarações da véspera relativamente a Portugal, explicando que nada mudou e há confiança na capacidade de o Governo português executar o orçamento de 2016 no respeito pelas metas.
“Acho sinceramente que não se deve criar um incidente em torno desta matéria. Se as minhas palavras foram interpretadas de forma ambígua, queria clarificar esta manhã: não, não há nenhuma mudança na nossa posição, há confiança na capacidade do Governo em integrar as opiniões da Comissão e as recomendações do Eurogrupo”, afirmou Pierre Moscovici, na conferência de Imprensa no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).
Acrescentando que “a opinião da Comissão foi adotada há três semanas, e foi totalmente apoiada pelo Eurogrupo. Foi muito bem compreendida pelas autoridades portuguesas, com as quais estou em contacto muito estreito, muito construtivo e quase permanente”.