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Mudar o paradigma da mobilidade é determinante no combate às alterações climáticas

Mudar o paradigma da mobilidade é determinante no combate às alterações climáticas

Para que até 2030 Portugal possa reduzir em cerca de 40% as suas emissões de gases com efeito de estufa, é necessário, como defendeu hoje António Costa, que o país comece desde já a alterar profundamente o seu “paradigma da mobilidade”.

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Mudar o paradigma da mobilidade é determinante no combate às alterações climáticas

Para o Secretário-geral do PS, o combate às alterações climáticas é hoje maioritariamente assumido “como um desafio global”, uma luta que só terá o êxito desejado se cada país for suficientemente competente para introduzir dentro dos seus próprios territórios “ações locais”, mudando, designadamente, o “paradigma da mobilidade”, tendo assumido que a maior utilização do comboio é um desses fatores determinantes.

Intervindo numa ação de campanha, no Barreiro, onde esteve acompanhado pela Secretária-geral adjunta e cabeça de lista do PS por Setúbal, Ana Catarina Mendes, pelos candidatos Eduardo Cabrita e Ricardo Mourinho Félix, pelo presidente da Federação, António Mendonça Mendes, e pelo presidente da autarquia, o socialista Frederico Rosa, o líder do PS lembrou, a propósito das “ações locais” que é necessário empreender no combate às alterações climáticas, os concursos lançados pelo Governo em 2016 e em 2018 para a “renovação da frota de transportes públicos”, também para o município do Barreiro, uma iniciativa que António Costa classificou de “um passo em frente” para controlar a “tempo e horas o que é controlável nestas alterações climáticas”.

Um concurso que permitiu a aquisição de “um total de 700 novos autocarros” para os vários serviços de transporte públicos espalhados por todo o país, uma compra que classificou como sendo de grande importância, até porque os automóveis, como lembrou, são em Portugal responsáveis por cerca de 25% das emissões de dióxido de carbono por ano.

Ainda segundo o Secretário-geral do PS e primeiro-ministro, para se ter uma ideia da repercussão e da importância que investimento teve só na Área Metropolitana de Lisboa basta referir, como acrescentou, que ele “permitiu aumentar em 30% o número de pessoas que passaram a usar o transporte público”, garantindo que este é um processo que vai continuar porque a “oferta tem de fazer face à nova procura”.

Quando à forma como a campanha eleitoral está a decorrer, António Costa defendeu que o importante para as pessoas é saberem quais as propostas que cada um dos partidos tem para cada um dos setores, quer seja em relação à modernização dos transportes públicos, quer às questões da habitação, da saúde ou da educação, afirmando mais tarde, já à chegada ao Pragal, onde era esperado pela presidente da Câmara Municipal de Almada, a socialista Inês Medeiros, que passada esta fase dos debates entre os líderes políticos “é chegada a hora de nos concentrarmos no diálogo direto com os portugueses e nos assuntos que mais lhes interessam”, deixando uma mensagem clara: “Quem quer um Governo do PS, vota no PS”.

Redução dos passes sociais foi “medida fundamental”

Ainda sobre o tema da aposta no transporte público, que serviu de mote a esta ação de campanha, percorrendo algumas das ligações que servem o distrito de Setúbal, o Secretário-geral do PS considerou que a redução do preço dos passes sociais foi “uma das medidas fundamentais” do Governo, cujo impacto disse ter superado, pela positiva, as suas próprias expetativas.

“Mesmo sendo tradicionalmente otimista, devo dizer que fiquei muito surpreendido com o grande impacto e sucesso que esta medida de redução dos custos dos passes sociais tem estado a ter na alteração dos hábitos de transporte das pessoas. Este é um processo que tem de continuar, estamos só no começo”, declarou.

António Costa salientou que a medida, além de um importante impacto do ponto de vista ambiental, “teve um elevado significado económico” para a vida das pessoas.

“Uma família, independentemente da sua dimensão, pode até poupar 300 euros mensais”, exemplificou.

No final da ação de campanha, feita de autocarro e de comboio, o Secretário-geral do PS considerou que o trajeto realizado pela comitiva “permitiu ver como o transporte público é muito compensador dos pontos de vista ambiental, económico e social”.

“Esta transformação está a melhorar o rendimento das famílias, mas também está a mudar a dinâmica inter-regional”, sustentou.