Mobilidade elétrica veio para ficar
António Costa discursava na cerimónia de entrega de veículos elétricos no âmbito do Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica nos serviços públicos, ECO.mob, cujo objetivo é substituir 1200 veículos com mais de dez anos por veículos elétricos em toda a Administração Pública até 2020.
Na ocasião, o líder do Governo socialista recordou que “o país esteve há 10 anos na vanguarda da mobilidade elétrica a nível mundial”.
“Depois, como muitas vezes acontece na nossa história, hesitamos sobre a prioridade da mobilidade elétrica, mas também, como em regra acontece na nossa história, soubemos sempre reencontrar o bom caminho e estamos de novo nele”, acrescentou, enfatizando que “a mobilidade elétrica é hoje uma prioridade consensual e veio mesmo para ficar”.
De referir que a primeira fase do ECO.mob decorreu em 2017, com um total de 170 veículos a entregar em regime de aluguer operacional durante um período de 48 meses, dos quais 55 foram atribuídos agora a 33 organismos da Administração Pública e os restantes no segundo trimestre.
O montante global deste investimento é de 3,5 milhões de euros, a realizar até 2022.
Segundo frisou António Costa, “o maior desafio que seguramente a humanidade enfrenta são as alterações climáticas”, pelo que, advogou, se torna “essencial descarbonizar a economia, a sociedade e o dia-a-dia”.
Rolar elétrico no alcatrão
“É essencial mudar a forma da mobilidade”, acrescentou, dando o seu testemunho pessoal de quem há vários anos – desde que era presidente da Câmara de Lisboa – se transporta dentro da cidade numa viatura elétrica.
E vai agora ter a companhia do ministro do Ambiente, que foi um dos membros do Governo que recebeu uma chave de um veículo elétrico, deixando a promessa de passar a ir ao Porto de carro elétrico.
Para o ministro da tutela, “partilhado ou próprio, o uso do carro elétrico – num país em que 60% da energia produzida já provém de fontes renováveis – é mesmo a melhor opção, com ganhos para a balança comercial, a qualidade do ar das cidades e a redução do ruído”.
Defendendo que o Estado deve dar o exemplo, Matos Fernandes considerou que, com a rede de carregadores rápidos já instalada nas autoestradas, a mobilidade elétrica “deixou de ser um fenómeno exclusivamente urbano”, e com “a magnífica rede de autoestradas que o país possui vai ser possível rolar elétrico no alcatrão”.