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Ministro alerta para necessidade de não diferenciar riscos ambientais e financeiros

Ministro alerta para necessidade de não diferenciar riscos ambientais e financeiros

É desaconselhável e pouco prudente separar os “riscos ambientais dos riscos financeiros” sustentou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, aconselhando as diversas entidades bancárias a incluírem nas suas análises esta realidade.

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Ministro alerta para necessidade de não diferenciar riscos ambientais e financeiros

Intervindo ontem na abertura de uma conferência organizada pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), subordinada ao tema “Financiar a nova economia de baixo carbono”, o ministro do Ambiente defendeu o que garantiu ser já uma prática reconhecida por muitos países, de que os riscos ambientais acarretam por norma igualmente riscos financeiros, sendo por isso aconselhável, como mencionou, que os bancos portugueses e as restantes entidades financeiras sigam o exemplo dos congéneres europeus, lembrando a este propósito que “muito em breve” serão realizados testes de ‘stress’ de riscos ambientais na banca inglesa.

Admitindo que ainda falta percorrer um caminho para que as empresas nacionais responsáveis pelos produtos financeiros reconheçam a “importância dos produtos verdes”, João Pedro Matos Fernandes não deixou, contudo, de enaltecer o papel determinante de Portugal ao ter sido o “primeiro país” a assumir o compromisso de “atingir a neutralidade carbónica até 2050”, objetivo que, na opinião do governante, para poder ser atingido “precisa de um bilião de euros de investimento”.

Neste sentido e ainda segundo o ministro do Ambiente e da Ação Climática, é natural que o Estado, nesta fase de transição para um modelo económico sustentável, desempenhe um “papel ativo”, tendo por isso assumido já “vários compromissos”, designadamente em matérias como a “elaboração de uma estratégia nacional para o financiamento sustentável” ou ainda a definição de “critérios mínimos de descarbonização e usos de recursos”.
Ainda de acordo com o governante, o Estado português assume, igualmente, o compromisso de aproveitar “todo o potencial do próximo Quadro Financeiro Plurianual” em relação a estas matérias.