Ministra do Trabalho confiante que salário mínimo para 2020 será acordado por todos os parceiros
Ana Mendes Godinho falava esta manhã aos jornalistas, à margem de uma reunião com a UGT e antes de se encontrar com os restantes parceiros sociais, mostrando-se otimista que já amanhã, quarta-feira, se chegue a um consenso sobre o valor do Salário Mínimo Nacional (SMN) a estabelecer no próximo ano, garantindo que estas primeiras reuniões do dia de hoje serviram também para dar “valor e importância” ao papel que os parceiros sociais e a concertação social desempenham na sociedade.
Relembrando que o objetivo do Governo, tal como foi recentemente reafirmado no Parlamento pelo primeiro-ministro, é que o salário mínimo atinja, em 2023, os 750 euros, Ana Mendes Godinho foi, contudo, necessariamente cautelosa ao lembrar que até lá, “faremos ano a ano a discussão e o debate daquilo que é o salário mínimo de cada ano”.
A ministra argumentou, a este respeito, que os pressupostos deste entendimento passam também pela necessidade de “rapidamente se fixar e encerrar este assunto do salário mínimo” para que se possa trabalhar, como assinalou, “todas as outras matérias” que também estão pendentes, desde a questão da “conciliação da vida familiar e profissional”, passando pela temática da valorização da formação profissional e, ainda, como acrescentou, pelo trabalho que é preciso fazer de valorizar os jovens qualificados.
Num dia em que Ana Mendes Godinho aproveitou também para apresentar cumprimentos às organizações sindicais e patronais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social, assinala-se igualmente a data em que a nova ministra deu o primeiro passo de um acordo que se pretende mais vasto sobre a política de rendimentos.
Neste seu primeiro périplo de encontros e de reuniões com os diversos parceiros sociais, a governante, que estava acompanhada pela sua equipa ministerial, os secretários de Estado Miguel Cabrita, Gabriel Bastos, Ana Sofia Antunes e Rita Cunha Mendes, afirmou a sua convicção de que há todo o espaço para se encontrarem as medidas e as soluções que “respondam aos desafios do país, quer em termos de demografia, quer do ponto de vista das assimetrias e desigualdades”.