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Mais investimento na investigação e desenvolvimento

Mais investimento na investigação e desenvolvimento

O investimento será dirigido para a investigação e desenvolvimento em áreas de duplo uso civil e militar, durante os próximos seis anos, anunciou o Primeiro-Ministro, António Costa.

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Mais investimento na investigação e desenvolvimento

O investimento terá “um potencial de incidência em áreas tão diversas quanto a indústria, as ciências do espaço, o desenvolvimento de viaturas não tripuladas submarinas ou aeronáuticas, ou o desenvolvimento de calçado técnico em setores em que a indústria nacional se tem especializado”, anunciou o chefe do Governo.

António Costa salientou que “este grande investimento permite à indústria poder vir a desenvolver um conjunto de produtos e serviços que sejam utilizáveis não só pelas Forças Armadas de Portugal, mas também pelas de outros países e por civis”, disse.

A Defesa como motor de desenvolvimento

O Primeiro-ministro salientou que Portugal apresentou, pela primeira vez, um quadro de evolução anual, gradual e sustentada da despesa relacionada com a Defesa Nacional para o objetivo assumido na Cimeira de Gales, em 2014. Este quadro tem em conta as necessidades orçamentais do País, mas constitui um reforço da soberania nacional e um importante impulso para o desenvolvimento da economia e a criação de emprego.

O Primeiro-Ministro salientou, a este propósito, a aquisição de um conjunto de aviões de transporte KC390 “que têm sido o motor do desenvolvimento do cluster aeronáutico nacional”, visto que os aviões têm incorporação nacional.

Por seu lado, a aquisição de novos navios de patrulha oceânica e logístico irá contribuir para “o desenvolvimento da indústria naval, com o desafio acrescido da construção de um novo navio logístico polivalente que assegurará, além do mais, a capacidade de intervenção em zonas distantes do território”, destacou António Costa.

O Primeiro-ministro estima que o investimento, além de ter um potencial de retorno de 3800 milhões de euros em exportações, constitui um instrumento de robustecimento do sistema científico e da indústria nacional e concorre para “reforçar as capacidades das Forças Armadas para assegurar a soberania nacional”, afirmou.

Compromisso internacional

As declarações do Primeiro-ministro foram proferidas à margem da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO), em Bruxelas, onde António Costa salientou o compromisso que Portugal apresentou à NATO, o qual assenta simultaneamente no crescimento do investimento na proteção do nosso território e recursos marítimos e no reforço do sistema científico e industrial nacional.

O compromisso português está inscrito na carta que o Primeiro-ministro entregou ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, o qual revela “um quadro de evolução gradual, sustentado, e compatível com as diferentes necessidades orçamentais do País nos mais diversos domínios”, disse o líder do Governo.

António Costa destacou que a carta “mostra bem a forma responsável e credível” como Portugal se propõe cumprir as suas responsabilidades.