Melhores serviços com uma administração pública mais atrativa e capacitada
Para desenvolver uma “administração pública capaz, adaptável e resiliente” é necessário “atrair, reter, liderar e motivar” uma nova geração de trabalhadores e “ao mesmo tempo” garantir “a transferência de conhecimento das gerações mais antigas”, disse a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público.
Além de aumentar a sua capacidade atrativa, a administração pública tem de ser capaz de “oferecer percursos profissionais com futuro e valorizar a remuneração dos trabalhadores de acordo com as suas qualificações e reconhecimento do mérito, sem esquecer os percursos dinâmicos de aprendizagem”, defendeu a governante.
As declarações foram proferidas no debate sobre Inovação e Futuro dos Serviços Públicos, que teve lugar ontem, em Lisboa, inserido nas Conferências Abertas sobre Inovação que fazem parte do Mês da Inovação na Administração Pública.
A liderança é outra dimensão fundamental que, na opinião de Fátima Fonseca, deve ser desenvolvida na administração pública.
Para garantir “uma cultura de liderança estratégica, participada e colaborativa”, é necessário estabelecer “percursos formativos que incluam capacitação para a liderança em contexto público e modelos de gestão e liderança que garantam capacidade de trabalho”, indicou.
A secretária de Estado defende que deve existir uma “permanente mobilização dos trabalhadores através de mecanismos de incentivo à eficiência e à inovação”. Nesse sentido, deverá ser reativada “a avaliação dos serviços com distinção de mérito associada aos melhores níveis de desempenho e refletir esta distinção em benefícios para os respetivos trabalhadores, reforçando o alinhamento com os objetivos que os serviços prosseguem”.
No quadro de uma estratégia das políticas públicas, “as medidas para a administração pública devem ter subjacentes opções políticas claras e fundadas em valores fundamentais como o estado social forte, o trabalho digno, a equidade e a igualdade de oportunidades”, disse a governante.
Por fim, a secretária de Estado considerou que só será possível fortalecer e desenvolver a administração pública através da implementação de “políticas de gestão de recursos humanos que permitam gerir o presente com foco no futuro, desenvolvendo capacidade organizacional nos serviços públicos com os trabalhadores com as competências de que necessita e tirando partido da tecnologia para eliminar funções repetitivas e focar a força de trabalho nas atividades que acrescentam mais valor”, concluiu Fátima Fonseca.
A iniciativa contou também com a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, e com o secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro.