Melhor transporte público ao serviço de cada vez mais pessoas
A garantia foi hoje deixada pelo primeiro-ministro na cerimónia de apresentação da expansão e modernização do Metro da cidade Invicta, uma iniciativa cujo investimento rondará até 2022 um pouco mais de 300 milhões de euros, tendo António Costa na ocasião defendido que este é o “caminho que já não pode parar”, lembrando que o programa nacional de infraestruturas da responsabilidade do Governo, que está neste momento em debate na Assembleia da República, prevê, para um “próximo ciclo de programação”, novos investimentos na modernização dos transportes públicos da AMP superior a 800 milhões de euros.
A este propósito, o primeiro-ministro lembrou que esta “já não será uma verba gerida pelo Governo, mas integralmente pela AMP”, explicando que destes 800 milhões de euros, 600 milhões serão destinados à continuação da expansão do Metro do Porto e os restantes 200 milhões de euros para a rede de metrobus.
Investir na valorização e na modernização dos transportes públicos coletivos, segundo defendeu António Costa, é também, para além de se estar a contribuir para melhorar a qualidade da oferta, afirmar que se está a assumir igualmente “uma estratégia clara para inverter a tendência das alterações climáticas”, lembrando ser esta uma das “prioridades da atividade política das próximas décadas”, porque se queremos mitigar os efeitos das alterações climáticas, como salientou, “temos de mudar o paradigma da mobilidade”.
Mobilidade é ferramenta fundamental para política ambiental
António Costa explicou depois que foram as preocupações com a qualidade do ambiente que levaram o Governo a retirar o tema dos transportes urbanos da orgânica do Ministério das Infraestruturas para o colocar no Ministério do Ambiente, justificando esta decisão com o propósito de que a política ambiental “precisa da mobilidade urbana como ferramenta fundamental”.
O primeiro-ministro referiu-se depois a uma outra decisão, igualmente assumida pelo Governo, de travar o processo que estava em curso de concessão dos transportes públicos, escolha que tinha sido feita pelo anterior executivo da direita, desenhado, como salientou, “meramente numa lógica financeira”, garantindo que a decisão tomada de inverter o processo anterior não significa, em todo o caso, que o país tenha que abandonar o critério de ter as suas contas certas e confirmando que esta decisão do Governo contribuiu para recuperar clientes para os transportes urbanos.
Quanto ao Metro do Porto, o primeiro-ministro considerou que a opção de descentralizar competências para a AMP foi “o passo fundamental” para que fosse possível lançar a expansão deste equipamento, defendendo não ser já possível gerir uma área metropolitana se não for ela própria a responsabilizar-se também pela gestão do sistema de transportes.
Neste sentido, António Costa defendeu que agora “é preciso ir mais longe” para servir um número cada vez maior de pessoas, congratulando-se com o lançamento do concurso público hoje mesmo anunciado para as duas novas linhas do Metro do Porto, iniciativa que vai contar, para além do financiamento de 100 milhões de euros de fundos da União Europeia, com mais 200 milhões de euros provenientes do Fundo Ambiental para “financiar a linha Rosa, no Porto e o prolongamento da linha amarela em Vila Nova de Gaia até Vila d’Este”.
O primeiro-ministro referiu-se ainda ao lançamento do plano de redução tarifária que entrou em vigor no passado dia 1 de abril nas duas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e que será estendido, como reafirmou, a todo o território nacional até ao próximo dia 15 de maio, lembrando que tanto a expansão agora anunciada da rede do Metro do Porto, quanto a redução do tarifário dos transportes públicos, era “uma ambição de décadas de toda a população”.
E como só baixar preços não chega para que haja uma moderna e, sobretudo, eficiente rede de transportes públicos, António Costa deixou igualmente a garantia de que a oferta será aumentada com 18 novas composições para o Metro do Porto, cujo concurso foi hoje também lançado.