Máscaras reutilizáveis de produção nacional são exemplo de qualidade e defesa do emprego
O primeiro-ministro falava ontem aos jornalistas, na residência oficial em São Bento, depois de ter recebido em audiência os representantes das associações da indústria têxtil e de vestuário, que na ocasião ofereceram ao chefe do Governo uma caixa com cerca de 2.500 modelos de máscaras comunitárias já certificadas, produzidas por empresas nacionais.
Para o primeiro-ministro e líder socialista, “é indispensável” que ninguém deixe de usar máscara nos sítios e lugares onde ela hoje é obrigatória, reafirmando que a escolha pelas máscaras reutilizáveis e produzidas pela indústria nacional, para além de proteger a saúde de quem a usa, assegura os empregos “daqueles que trabalham nas empresas da indústria têxtil” portuguesa, sendo também uma escolha “aconselhável”, como aludiu, do ponto de vista ambiental na medida em que se trata de um produto reutilizável.
O chefe do Governo teve ainda ocasião para agradecer na pessoa do presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Jorge Machado, ali presente, o “enorme esforço de readaptação” do setor ao longo dos últimos meses à nova realidade trazida pela pandemia da Covid-19, lembrando que a doença impeliu de novo o país, não só para uma nova crise económica, numa altura, como acentuou, em que a economia portuguesa mostrava já uma resiliência elogiada pelos mercados e parceiros comunitários, como também abriu um novo cenário de “quebra de mercado” e mesmo de “quebra de fornecedores”.
Exemplo europeu
A propósito da excelente resposta que a indústria portuguesa foi capaz de dar “reinventando-se” na produção de máscaras, algo que é hoje, como salientou António Costa, “absolutamente indispensável” à vida do quotidiano dos cidadãos, o primeiro-ministro contou um episódio passado na recente maratona de cinco dias no Conselho Europeu, em Bruxelas, em que os 27 Estados-membros acordaram o Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027 e o Programa de Recuperação e Resiliência, onde os líderes europeus manifestaram “grande consenso” sobre a “enorme qualidade” das máscaras produzidas pela indústria portuguesa, que o primeiro-ministro fez questão de oferecer, momentos antes do início dos trabalhos, aos congéneres europeus.