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Mar é oportunidade para aprofundar cooperação entre Estados

Mar é oportunidade para aprofundar cooperação entre Estados

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o mar, para além de ser uma rota de comunicação, “é toda uma fonte de recursos” e que o conhecimento da biodiversidade significa “uma oportunidade” para responder a problemas relacionados com a alimentação, saúde, energia.

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Mar é oportunidade para aprofundar cooperação entre Estados

Falando na sessão de abertura do Encontro Internacional dos Oceanos ‘Oceans Meeting 2016’, promovido pelo Ministério do Mar, que hoje termina em Lisboa, António Costa defendeu que as Nações Unidas são o quadro natural da governação do recurso global que é o mar e salientou que Portugal está apostado em reforçar esse poder e competências.

“Não vemos o mar como um recurso nosso, mas como um recurso comum”, disse acrescentando que os próprios recursos do país são “uma grande oportunidade para aprofundar a cooperação com todos os outros Estados, seja no domínio do conhecimento ou da valorização económica destes recursos”.

O primeiro-ministro salientou que o “mar é de facto o grande desconhecido” no planeta Terra e defendeu que um dos grandes desafios do século XXI é o do conhecimento deste recurso.

“A partir do mar descobrimos terras, povos, culturas, flora e fauna que nos era desconhecida. Descobrimos muito, mas houve algo que ficou por descobrir: o próprio mar. Esse enorme desconhecido é o grande desafio coletivo que hoje se apresenta à humanidade e no qual temos de concentrar recursos e a nossa energia”, disse.

Aposta na tecnologia e ciência do mar

Já a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destacou a importância da aposta na ciência e tecnologia do mar, sublinhando que as tecnologias poderão criar uma nova fileira de negócio e novas empresas em áreas como a construção naval.

“As novas tecnologias poderão criar uma nova fileira de negócio, o que poderá originar novas empresas ou a reconversão das existentes, como por exemplo a construção naval, que poderão diversificar o seu negócio para a construção de equipamentos subaquáticos de exploração e prospeção ou de produção energética”, disse.

A sessão de abertura do encontro contou também com a presença do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que durante a sua intervenção classificou Lisboa como a “capital do Atlântico”.

O evento, promovido pelo Ministério do Mar, reuniu mais de 50 delegações compostas por representantes de alto nível governamental, mas também cientistas de referência internacional no conhecimento dos oceanos.

As delegações integram ainda altos quadros de sete organizações internacionais – Organização das Nações Unidas (ONU), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Organização Marítima Internacional (IMO), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA – UNEP), Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM – ICES), Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB).