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Manuel Alegre: Não há governo e convergência de esquerda sem o PS

Manuel Alegre: Não há governo e convergência de esquerda sem o PS

Manuel Alegre participou, ontem, no comício em Coimbra, onde salientou que o PS é o garante da estabilidade e que “não há solução governativa sem o PS e muito menos contra o PS”.

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Manuel Alegre: Não há governo e convergência de esquerda sem o PS

“Não há estabilidade sem um PS forte; não há diálogo nem convergência sem um PS forte; não há solução governativa sem o PS e muito menos contra o PS”, garante Manuel Alegre, acrescentando que “não há esquerda em Portugal sem o PS ou contra o PS”.

O histórico socialista disse ter “muito orgulho” na ‘geringonça’, mas não aceita lições dos partidos que integraram esta solução de apoio parlamentar.

“Fizemos a ‘geringonça’ e não temos vergonha dela, temos mesmo muito orgulho no que foi feito nestes quatro anos. Não nos arrependemos, mas também não precisamos de ‘professores de esquerda’”, afirmou.

No comício socialista, que teve lugar no Pavilhão dos Olivais, em Coimbra, Manuel Alegre teceu fortes elogios a António Costa e defendeu que “a força da direita esteve na divisão da esquerda”.

No seu discurso, Manuel Alegre dirigiu duras críticas ao presidente social-democrata, de quem, segundo disse, dispensa quaisquer “lições de moral”.

“Não precisamos de lições de moral de quem há alguns dias criticava a justiça de tabacaria e agora se arvora em justiceiro eleitoralista”, afirmou.

Manuel Alegre reforçou a necessidade do PS sair eleitoralmente fortalecido das eleições legislativas de 6 de outubro, pois, “ao contrário do que pensam alguns, a esquerda precisa de um PS forte”, de modo a não colocar “em causa os equilíbrios financeiros”.

Para Manuel Alegre, “não há políticas de esquerda sem rigor nas contas públicas”, pelo que elogiou o excelente desempenho de Mário Centeno à frente do Ministério das Finanças e disse não existirem sósias, referindo que “Centeno só há um – e esse é o nosso”.

O poeta e ex-dirigente socialista exaltou a figura do saudoso camarada António Arnault, o “pai do Serviço Nacional de Saúde”, para sublinhar a aprovação da nova Lei de Bases da Saúde.

“Prometemos a António Arnaut que a Lei 48/90 seria revogada e que lutaríamos por uma nova Lei de Bases da Saúde. Prometemos e cumprimos”, afirmou.