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Mais défice, mais dívida e uma retoma anémica

Mais défice, mais dívida e uma retoma anémica

O FMI divulgou um relatório que prevê que o défice e a dívida pública nacionais serão mais elevados do que o previsto pelo Governo PSD/CDS. De acordo com o organismo monetário internacional, com o cenário das políticas em vigor, Portugal mantém uma trajetória de retoma anémica e não alcançará o excedente orçamental previsto pelo Executivo em 2019.

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Mais défice, mais dívida e uma retoma anémica

Segundo o World Economic Outlook apresentado ontem em Lima, Peru, pelo novo economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, o défice orçamental português deverá ficar em 3,1% do produto interno bruto, este ano, e não em 2,7% como refere o Governo PSD/CDS.

No próximo ano, o Executivo de Passos/Portas é mais otimista: prevê 1,8%, contando já com uma reforma profunda do sistema de pensões que emagrecerá o sistema de forma permanente em 600 milhões de euros ao ano.

No estudo, que assume um cenário de políticas inalteradas nas projeções a prazo, o FMI diz o contrário do cenário macroeconómico de longo prazo do Governo.

Embora passe a respeitar a marca dos 3% (regra-mãe do Tratado Orçamental), Portugal terá défice orçamental até 2020, pelo menos.

Já na dívida, para não variar, o FMI prevê mais uma subida de nível. Para esta instituição, o rácio deste ano será mais alto do que o estimado em agosto. Fala em 127,8% em vez dos 127,1% de há dois meses. E para 2016 a dívida é revista em alta de 124,4% para 125%.

O FMI prevê ainda uma trajetória do desempenho da economia portuguesa a manter-se “em retoma anémica”, contrastando, por exemplo, com o crescimento de 3,1% projetado para a economia espanhola este ano.