Mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade são os três desígnios do Governo
Para cumprir estes desígnios, o primeiro-ministro aponta uma vez mais como objetivo o virar da página da austeridade que durante quatro anos “asfixiou o poder de compra das famílias, não reforçou a confiança nem aumentou o investimento”.
“É nossa convicção que o virar da página da austeridade e a reposição do rendimento das famílias constituem, a par da criação de condições para que as empresas possam investir, os dois pilares fundamentais para que a economia possa ser relançada”, afirma.
Acrescentando que com “os dados que temos agora, e com as medidas já aprovadas”, o objetivo é também “reduzir a carga fiscal, quer nos impostos diretos, quer nos impostos indiretos”, já que “é com esta política que queremos conduzir a viragem da trajetória económica de Portugal nos próximos anos”.
Diversificar o financiamento da Segurança Social
Na entrevista, António Costa garante a sustentabilidade do sistema de Segurança Social, adiantando que o Governo, conforme consta do programa, vai mexer diretamente no sistema através da “diversificação das fontes de financiamento”.
Assim, explica, “em vez de baixar a taxa do IRC, vamos deixar as taxas como estão e indexar parte dessa receita ao financiamento da Segurança Social”.
Mas o primeiro-ministro insiste na tecla de que o número de contribuintes “é uma base económica da maior importância”, lembrando que o “problema maior” que a Segurança Social tem tido nos últimos anos resulta do efeito que o desemprego e a emigração têm tido na redução do número de contribuintes”, o que se traduziu numa perda de oito mil milhões de euros de receitas.
Por isso, António Costa defende que “colocar a criação de emprego como uma das prioridades é estar a criar condições para uma maior sustentabilidade da Segurança Social”.