Mais 11.500 alojamentos acessíveis para estudantes nos próximos 4 anos e oferta duplicada numa década
O antigo edifício do Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro, em Lisboa, foi o palco escolhido para a apresentação do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES). O edifício emblemático foi simbolicamente entregue aos responsáveis pelo PNAES por forma a ser transformado em residência para estudantes, com capacidade para 600 camas.
“Uma ideia fora da caixa, mas que se encaixa perfeitamente naquilo que devem ser as nossas prioridades”. Foi assim que o primeiro-ministro considerou a proposta do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, apresentada há cerca de um ano em Conselho de Ministro, para que o histórico edifício da avenida 5 de Outubro fosse transformado em residência para estudantes.
“Nada pior do que o improviso. Porque o improviso raramente dá bons resultados. E por isso é mesmo necessário planear”, disse António Costa, referindo-se ao PNAES, agora apresentado.
Democratizar o acesso ao ensino superior e duplicar a oferta de alojamento para estudantes atualmente existente são os principais objetivos do PNAES.
“Nenhum jovem deste país deixará de aceder ao ensino superior por falta de recursos económicos”, garantiu António Costa, acrescentando que “são os filhos da classe média que estão hoje ameaçados de não poderem frequentar o ensino superior por falta de condições de alojamento”.
Assim, o PNAES pretende disponibilizar, nos próximos quatro anos, mais 11.500 camas para estudantes das universidades e dos institutos politécnicos que estejam deslocados das suas residências.
No âmbito do PNAES vão ser requalificados 263 imóveis em 42 concelhos do país de modo a que, até 2030, existam 30 mil camas a preços mais acessíveis para os estudantes deslocados e, assim, deixar de “hipotecar o futuro do país e famílias”.
A iniciativa contou com a presença de vários membros do executivo, entre os quais o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.