Maior representatividade da Juventude no Parlamento é essencial
Numa sala cheia de jovens, no Porto, o Secretário-geral do PS considerou que haver mais representantes da Juventude no Parlamento Nacional “é absolutamente essencial”.
“Se há algo que eu gostaria muito que fosse possível o PS conseguir fazer no próximo processo de elaboração de listas para a Assembleia da República é poder dar um sinal muito claro à sociedade e à juventude portuguesa que no PS nós damos voz aos jovens e os jovens participam dando não só opiniões mas participando, votando, decidindo, construindo as políticas que nós queremos realizar no próximo ciclo de governação”, declarou ao intervir no encerramento do II Fórum dos Movimentos Sociais, promovido pela Juventude Socialista.
No dia em que os socialistas debateram a situação política atual com diversas organizações da sociedade civil, visando promover e dar voz a um conjunto alargado de causas e preocupações antes do debate sobre o Estado da Nação, António Costa criticou o Governo Passos/Portas por “falar com toda a hipocrisia da grande prioridade que é necessário dar à natalidade”.
“Nós devemos dizer à direita uma coisa simples: concentrem-se no essencial. Não há natalidade sem estabilidade, não há estabilidade sem confiança e não há confiança sem emprego. É, portanto, aqui onde se têm de concentrar: no emprego, no emprego, no emprego”, reivindicou.
Para o líder socialista, “apostar na formação e na educação, nas políticas de emprego e de combate à precariedade, numa nova geração de políticas de habitação é absolutamente central para dar esperança, para dar confiança à juventude portuguesa”.
Escolher quem vai conversar com Bruxelas
Também na segunda edição do Fórum dos Movimentos Sociais, o Secretário-geral do PS reafirmou que o partido é uma alternativa à austeridade imposta pelo Governo de coligação PSD/CDS e a uma crise semelhante à grega,
António Costa frisou que nas próximas eleições legislativas os portugueses vão ser chamados a escolher quem vai conversar com Bruxelas.
“Decidir quem governa Portugal determina desde logo saber quem se senta à mesa das negociações”, referiu o líder socialista que de seguida defendeu enfaticamente ser “falsa” a ilusão segundo a qual a saída da zona euro é a solução para todos os problemas.
Segundo o Secretário-geral, uma saída do euro “só significa empobrecer ainda mais quem já empobreceu demais com a austeridade. E acrescentar agora nova pobreza a esta pobreza seria um erro trágico que não podemos repetir, por isso deve ser evitado na Grécia e no conjunto da zona euro”.