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Madeira precisa de mudança não de renovação

Madeira precisa de mudança não de renovação

“Houve um ciclo económico e político na Madeira que se encerrou”, defendeu António Costa no primeiro dia de campanha oficial para as eleições legislativas daquela região autónoma.

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Pensar para uma década

Quando os ciclos acabam, defendeu o Secretário-geral do PS, “não há renovação que lhes valha”, e o que é necessário “é uma mudança” e não uma renovação que “disfarce a continuidade”.

Uma mudança no Executivo madeirense que, para António Costa, terá um peso ainda maior e um impulso mais significativo com uma derrota da direita no Governo da República nas próximas eleições legislativas.

Criticando aqueles que consideram a Madeira como um problema, o líder socialista invoca a sua “riqueza e valor” para o desenvolvimento do país no seu todo, salientando que a redução dos juros do empréstimo concedido pelo Estado à região tem de ser vista como um gesto de “solidariedade”, e sublinha que a manutenção dos atuais juros a um valor superior aos praticados pela República “não é solidariedade”, mas pôr a região a “pagar e a financiar a República”.

Nesse sentido, defendeu uma redução das taxas de juro do empréstimo que Lisboa concedeu à Madeira, apelando à rápida revisão do programa de ajustamento celebrado com a região, recordando que o PS já apresentou uma proposta no Parlamento para que a Madeira possa beneficiar de uma redução das taxas de juro iguais às praticadas na República.

António Costa deixou a garantia de que o PS, quando vier a assumir responsabilidades governativas a nível nacional nas próximas eleições legislativas, negociará a dívida da Madeira, independentemente do partido que passe a governar a região.

Dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro, o líder do PS afirmou que Passos Coelho “não aprendeu nada com os falhanços das suas políticas” nestes quase quatro anos de governação, sendo incapaz de responder à necessidade de mudança do país.

Mudança que terá de passar, como realçou, por prioridades como a erradicação do emprego infantil e juvenil, apostando em políticas centradas nos jovens licenciados para que possam ajudar a modernizar as empresas e aumentar a produtividade, “sobretudo no setor exportador”, mas também pela consolidação das finanças públicas e não no aumento da pobreza e do desemprego.