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Luta contra pandemia é “corrida de fundo” e exige medidas “modeladas” em função da necessidade

Luta contra pandemia é “corrida de fundo” e exige medidas “modeladas” em função da necessidade

“Não excluiremos nenhuma medida” que possa de algum modo minimizar os efeitos da pandemia na vida dos portugueses, garantiu António Costa, voltando a recordar que esta é uma “corrida de fundo” e que as medidas a adotar devem ser “modeladas em função da necessidade”.

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Luta contra pandemia é “corrida de fundo” e exige medidas “modeladas” em função da necessidade

Uma posição que o primeiro-ministro assumiu momentos após ter estado reunido, por videoconferência, com os restantes líderes europeus numa reunião extraordinária do Conselho Europeu, lembrando que o Conselho de Ministro de amanhã, sábado, não deixará de avançar com as propostas necessárias de combate à crise de saúde pública, sempre com a preocupação, como deixou claro, de “minimizar ao máximo” os impactos que as medidas possam assumir na vida pessoal, social e económica.

António Costa reforçou que a melhor estratégia é ir “adotando as medidas ao longo do tempo em função da necessidade”.

O primeiro-ministro sublinhou ainda que, no plano político, o Governo seguiu o habitual guião de ouvir os diferentes partidos com representação parlamentar e os parceiros sociais “antes de tomar as medidas de maior impacto para o combate à Covid-19”, advogando que o critério a seguir deve passar sempre por “reunir o maior consenso nacional possível”, designadamente “sobre matérias desta importância”.

Distribuição da vacina será “equitativa e simultânea”

Outros dos temas abordados por António Costa nesta conferência de imprensa, após a realização da reunião extraordinária do Conselho Europeu, teve a ver com a futura distribuição da vacina contra a Covid-19, “quando ela estiver disponível”, garantindo que a Comissão Europeia decidiu já que haverá na altura uma “distribuição equitativa e simultânea” e em função da população de cada Estado-membro, cabendo a Portugal o papel de concluir durante o mês de novembro a sua “estratégia nacional de vacinação”.

O primeiro-ministro voltou a lembrar que neste momento há três contratos para a aquisição de vacinas “que já estão assinados e quatro em negociação”, reafirmando que caberá a cada um dos 27 países da União Europeia “definir a sua própria estratégia de priorização de como será aplicada a vacina na sua população”, indicando ter havido já, também, uma posição favorável dos 27 para a utilização de aplicações informáticas, sobretudo para “poupar muito trabalho aos rastreadores das cadeias de contágio”.

António Costa anunciou, por outro lado, que os líderes europeus decidiram também não só aumentar a “intensidade da troca de informações” entre todos os Estados-membros na luta contra a pandemia mas, igualmente, avançar com a construção de uma comissão científica, “integrando elementos de todos os países”, para que possa haver um maior conhecimento acerca da Covid-19, uma iniciativa que será acompanhada, em todos os países e em Portugal já a partir do próximo dia 9 de novembro, pela utilização “massiva de testes antigénio rápidos”.

O líder do Governo referiu ainda, a respeito das conclusões deste Conselho Europeu, que “nenhum país defendeu uma estratégia de encerramento de fronteiras para responder à pandemia” e de que todos, solidariamente, manifestaram uma posição de “grande preocupação” face à evolução da pandemia, que está já a “pressionar todos os sistemas de saúde, incluindo os dos países mais ricos”.