Luís Vaz – um amigo de mão cheia
Do Luís poderíamos dizer muito: evocar o autarca empreendedor que deixou uma obra notável em Macedo de Cavaleiros; o político coerente e fiel aos seus generosos princípios do socialismo democrático; o pai corajoso e afetivo; o transmontano firme que nunca desistiu de pelejar pela dignidade das gentes do interior…podíamos, de facto, dizer muito. No rico dicionário da vida do Luís, destacam-se palavras como amizade a rimar com solidariedade. E liberdade, democracia e socialismo foram por ele exemplarmente declinadas em diferentes etapas da sua curta vida.
Poderíamos falar muito da vida e da obra do Luís. Recordar o orgulho, plenamente justificado, com que falava do seu legado de edil exemplar. Inesquecível o entusiasmo contagiante com que nos levou ao Azibo e nos descreveu pormenorizadamente o fantástico projeto de valorização ambiental, sem se esquecer de referir os obstáculos que teve de vencer.
Do Luís muito há para dizer, porque era uma pessoa excepcional, que viveu a vida intensamente. E como ele gostava de um bom repasto, da tertúlia, do convívio, da festa!
Há quem diga que quem não tem inimigos não consolida amigos. Não é verdade. O Luís Vaz tinha muitos amigos e nenhum inimigo. Por onde passava, fazia amigos. O seu conceito de amizade não tinha fronteiras ideológicas, nem políticas nem religiosas. Praticava a amizade sem olhar a latitudes ou longitudes, a línguas ou credos. Ele era um fiel jardineiro da terra da afetividade. Por isso, muita gente vai sentir a sua falta.
Luís, ainda não nos convencemos de que partiste. Mas já dói pensar que perdemos um Amigo. Um Homem de espírito aberto, amigo do seu amigo, íntegro e verdadeiro.
Luís, os dias sem ti vão ser mais tristes.
Fica em paz.
* Com Rui Vieira