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Lisboa no coração do debate sobre os desafios globais

Lisboa no coração do debate sobre os desafios globais

Lisboa está, pelo segundo ano consecutivo, no coração do debate sobre os grandes desafios da humanidade, afirmou António Costa, durante um discurso em que se congratulou com a crescente presença de 'startup' portuguesas.

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Lisboa no coração do debate sobre os desafios globais

A encerrar a noite da abertura da Web Summit, já após terem passado pelo palco a comissária dinamarquesa Margrethe Vestagen e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o primeiro-ministro sublinhou que a Web Summit não torna Lisboa apenas a capital do empreendedorismo em inovação tecnológica.

“Coloca-a também no coração do debate global sobre os grandes desafios da humanidade: Esperanças, medos, alterações climáticas, inteligência artificial ou combate às desigualdades”, declarou enfático.

Na parte da intervenção que proferiu em inglês, o chefe do Governo defendeu que Lisboa é a cidade natural para acolher o tipo de eventos como a Web Summit, “porque foi ao longo de séculos ponto de contacto entre pessoas de diferentes culturas”.

“A nossa história, a nossa geografia e cultura fez de nós uma sociedade aberta, uma ponte entre diferentes continentes”, disse.

Já numa mensagem aos portugueses presentes na Web Summit, expressa emotivamente na língua de Camões, Costa manifestou-se orgulhoso com “o trabalho, com a dinâmica e vibração do ecossistema das ‘startups’ nacionais”.

“A capacidade de inteligência, a criatividade e a energia têm transformado as oportunidades de ideias apreendidas”, sublinhou, incentivando os jovens para aproveitarem “muito bem esta semana e as oportunidades que têm de conhecer pessoas de todo o mundo”.

O astrolábio da nova aventura

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa ofereceu um astrolábio ao fundador da conferência de tecnologia e empreendedorismo Web Summit, Paddy Cosgrave, simbolizando uma aventura a par dos descobrimentos.

Medina subiu ao palco ladeado por Cosgrave e o primeiro-ministro português, para dar as boas-vindas a todos os participantes da conferência

“Espero que tenham tempo para conhecer melhor a cidade, senti-la, amá-la e vivê-la como um amigo”, disse Medina em inglês.

Ao oferecer o astrolábio, um instrumento utilizado pelos navegadores durante os descobrimentos portugueses, o autarca lisboeta apontou que a prenda é “em nome da cidade, em nome de todos” e que simboliza duas coisas.

“De Lisboa partiu uma grande aventura que conectou a raça humana”, evocou, apontando que no presente se renova a aventura também a partir de Lisboa, “e a longo prazo”.

Fernando Medina aproveitou também para marcar o caráter acolhedor da sociedade lisboeta e portuguesa, atirando que “a inovação que Lisboa atravessou há 500 anos deveu-se ao facto de sermos uma sociedade aberta”.

Medina defendeu ainda a importância para o futuro de manter todas as sociedades e as cidades abertas.

“Liberdade, tolerância, diversidade, capacidade de compreensão e de falarmos uns com os outros são os valores de Lisboa e os valores que queremos manter”, concluiu.