Lisboa é exemplo de reforma administrativa
Na conferência promovida pela Associação Nacional de Freguesias (Anafre), na Assembleia da República, o Secretário-geral do PS defendeu que “não há nada mais difícil do que fazer uma reforma administrativa”. E que por essa razão, acrescentou, “não há nada pior do que se fazer uma reforma administrativa sob pressão e à pressa”.
António Costa fez uma leitura crítica do processo de agregação de freguesias seguido pelo atual Governo, contrapondo a metodologia de trabalho, participada e inclusiva, desenvolvida na fusão de freguesias em Lisboa. Um trabalho “em que se demorou seguramente três a quatro anos” e que deve servir de exemplo para ser replicado no país.
“Tem de haver uma grande concertação política, um grande esforço de diálogo entre os municípios e as freguesias, mas também um grande esforço de diálogo relativamente aos trabalhadores. Tem de se criar a base de confiança e de segurança para que todos sejam parte da solução “, sustentou.
António Costa salientou que outra lição a retirar deste tipo de processos é que a solução “tem de ter origem no próprio território e não pode ser imposta de fora”.
“No resto do país, acho que não é preciso inventar a roda e o que considero que foi desejável ter acontecido em Lisboa é aquilo que acho desejável que aconteça no resto do país”, afirmou o líder socialista.