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Lisboa acolhe primeiro fórum mundial de autarcas

Lisboa acolhe primeiro fórum mundial de autarcas

Portugal foi o país escolhido pela Organização Mundial do Turismo para a realização do primeiro fórum mundial de autarcas.

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Lisboa acolhe primeiro fórum mundial de autarcas

A realização da iniciativa, esta manhã em Lisboa, resulta de uma proposta do Governo português ao secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, que considerou a proposta de “grande atualidade” sobre um tema “que, neste momento, é discutido em todo o mundo”, revelou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

Deste modo, Portugal assumiu-se como “o palco internacional para a discussão sobre sustentabilidade do turismo nas cidades”, disse governante.

O fórum contou com cerca de 80 participantes, entre os quais os 15 presidentes e vice-presidentes de câmaras municipais de várias cidades importantes, tais como São Paulo (Brasil), Dubrovnik (Croácia), Paris (França), Bruges (Bélgica), Moscovo (Rússia), Seul (República da Coreia), Madrid e Barcelona (Espanha).

No evento organizado pelo OMT, em parceria com o Ministério da Economia, Turismo de Portugal e Câmara Municipal de Lisboa, foi feita a abordagem e reflexão sobre vários temas importantes e atuais, nomeadamente, sobre os desafios do crescimento do número de turistas em todo mundo.

É importante que os municípios assumam “o turismo como uma prioridade no desenvolvimento” dos territórios, pelo que o Governo pretende “alargar o turismo a todo o território” nacional, por forma a promover a sustentabilidade, a coesão e a criação de emprego, disse Ana Mendes Godinho.

Portugal deve ser visto como um destino “para investir, para viver, para trabalhar e para estudar”, defendeu a governante, salientado, ainda, a estratégia de cooperação e desenvolvimento entre o Estado e o setor privado para os próximos 10 anos, inserida no programa “Estratégia Turismo 2027”.

Conciliar as dimensões ambiental e económica

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, por seu lado, salientou que o “turismo é um fator de crescimento, de emprego e de investimento nas cidades”.

Para o autarca e dirigente socialista, o principal desafio que se coloca ao setor prende-se com a forma de conseguir a sustentabilidade do desenvolvimento do turismo”, visto que é necessário conciliar a atividade “com dimensões centrais na vida da cidade, seja ao nível do acesso às infraestruturas, transportes, saneamento ou resíduos sustentabilidade e da sua compatibilização”.

Neste quadro, “é essencial para o desenvolvimento do turismo que a palavra-chave seja “sustentabilidade”, pois, “não haverá sustentabilidade ambiental e de qualidade de vida se não tivermos uma sustentabilidade económica no território”, defendeu Fernando Medina.

Investimento de 6 M€ em 21 projetos

O Governo já aprovou, desde o ano passado, 21 projetos de sustentabilidade social e ambiental no turismo, num investimento global de seis milhões de euros, informou a secretária de Estado do Turismo.

“Destes 21 projetos, seis estão em Lisboa, porque respondem, em alguns casos, à situação de gerir a coexistência dos residentes com os turistas”, indicou Ana Mendes Godinho.

A governante recordou que, em 2018, o Governo lançou, através do Turismo de Portugal, uma linha de apoio à sustentabilidade, de modo a promover iniciativas desenvolvidas por empresas, entidades públicas, associações e outras organizações.

A secretária de Estado referiu, ainda, que “há envolvimento de associações locais no aproveitamento dos turistas que vêm a Lisboa no sentido de visitarem a cidade e serem contribuintes”, avançando como exemplo o projeto “Viver@Misericórdia” que está a ser desenvolvido em Lisboa, pela Junta de Freguesia da Misericórdia.