Liberdade de voto nas presidenciais
Para o Secretário-geral do PS, a ideia, aprovada na Comissão Política, é a “forma mais saudável de cada um poder apoiar o candidato da sua preferência sem fraturas no partido” e sem distrair os socialistas “de um momento muito exigente, todo este processo de formação do governo, instalação de nova legislatura, criação de condições de governabilidade”.
Por isso, frisou António Costa aos jornalistas na sede nacional, “o apelo que fazemos é que todos os socialistas apoiem, entre os dois candidatos da nossa área, aquele que preferem, e participem ativamente na campanha eleitoral e contribuam para que possam ter um bom resultado na primeira volta”.
Referindo que “emergiram duas candidaturas com apoios muito relevantes na sociedade portuguesa”, o líder socialista defendeu eu neste contexto “não fazia sentido qualquer outro processo de decisão” que não a liberdade de voto dos socialistas.
A primeira volta das presidenciais é encarada como as “primárias” para o candidato da área socialista a Belém, disse ainda António Costa.
A questão da eleição presidencial é um dos pontos do comunicado final aprovado por ampla maioria, 63 votos favoráveis, quatro contra e três abstenções, após quatro horas de reunião da Comissão Política do PS.
Apelo à mobilização
Sobre as eleições de janeiro próximo, o PS “regista que da sua área política emergiram duas candidaturas presidenciais relevantes, nas pessoas de Maria de Belém e de António Sampaio da Nóvoa, que têm merecido importantes e significativos apoios na sociedade portuguesa e entre os militantes do PS”.
O comunicado refere ainda que “não havendo condições para organizar em tempo oportuno eleições primárias, o PS apela à mobilização e participação livre e ativa dos seus militantes no apoio, na primeira volta, à candidatura da sua preferência, e dirige a ambos os candidatos uma palavra de estímulo, confiando que saberão, na segunda volta do processo eleitoral, reunir os seus esforços e garantir a eleição do que então se apresentar, representando assim todos os socialistas e uma maioria dos portugueses”.