José Sócrates faz balanço positivo do Plano Tecnológico
O primeiro-ministro defendeu, na sessão de abertura da conferência da Carnegie Mellon/Portugal “Economy 3.0: re-boot and re-connect”, a decorrer no Porto, o sucesso do Plano Tecnológico na promoção do desenvolvimento científico português, destacando que “o investimento em ciência foi o único do orçamento de Estado que sempre teve um progresso positivo e assinalável em termos de investimento público nacional”.
Como principais indicadores do progresso científico português o primeiro-ministro apontou o objectivo de, em 2009, existirem no país “seis investigadores a tempo inteiro por cada 1.000 pessoas da população activa”, o que permitirá a Portugal “igualar ou superar a média europeia”.
“Portugal é, porventura, dos países europeus que tem mais mulheres (44 por cento) a trabalhar na investigação científica”, continuou Sócrates, destacando ainda o progresso de 18 por cento registado na produção científica, quer a nível de artigos publicados em revistas científicas, quer com a multiplicação por dois e por três do número de patentes registadas na Europa e nos EUA, respectivamente.
Para o primeiro-ministro, para além do “progresso muito grande” registado a nível científico é de realçar o “pulo” dado na área tecnológica. “Mais de 70 por cento das declarações de IRS foram entregues este ano por via electrónica, o que faz de Portugal o país do mundo que mais utiliza a Internet para entregar os seus impostos”, disse. Paralelamente, afirmou Sócrates, Portugal é “o 3º país da Europa em termos de utilização do “e-government”, com “todo o país hoje coberto por infra-estruturas de banda larga” e em curso “mais investimento na construção de uma rede tecnológica de alta velocidade”.
“Todas as escolas portuguesas estão ligadas em banda larga e, até ao final do Verão, em alta velocidade”, afirmou, referindo ainda a distribuição de computadores a “mais de um milhão de pessoas” no âmbito do programa e-escolas e o facto de Portugal ser “o único país do mundo em que as crianças dos seis aos dez anos têm acesso a computadores”. Para José Sócrates, “isto vai ter como consequência uma sociedade mais preparada para lidar com as tecnologias da informação e comunicação”, sendo o “progresso científico, o conhecimento, a tecnologia e a inovação” áreas “onde a vale a pena lutar”.