Numa declaração na sede nacional do partido, José Luís Carneiro começou por dirigir uma palavra de condolências “muito profunda” à família, aos seus amigos e companheiros militantes do PPD-PSD, lembrando, depois, a importância que teve uma “personalidade incontornável” na vida do país para “a consolidação da democracia” e para a afirmação de “um país mais livre, democrático e europeu”.
O líder socialista realçou as muitas dimensões da vida de Francisco Pinto Balsemão, enquanto político e protagonista da revisão constitucional de 1982, e também enquanto empresário de comunicação social, fundador do jornal Expresso e da SIC.
“Todos esses momentos são muito importantes. Na transição para um regime civil e para a perda da tutela militar sobre a democratização, baseada nos fundamentos do pluralismo democrático. Esse momento é fundamental. Também na constituição de bases que alimentem a democracia livre e o escrutínio democrático dos agentes políticos, com a criação de órgãos de comunicação social que contribuíram para o pluralismo na própria comunicação social. Foi também um esteio e é um esteio da nossa democracia. Não podemos dissociá-los porque estão intimamente interligados, fazem parte do mesmo sistema democrático que contribui para edificar e consolidar”, afirmou.
José Luís Carneiro lembrou, também, a sua relação com Francisco Pinto Balsemão, enquanto secretário de Estado das Comunidades, recordando um encontro mantido para refletir e desenvolver um diálogo sobre a diáspora portuguesa no mundo
“Pudemos desenvolver um diálogo nesse sentido, que depois teve seguimento”, olhando “para o mundo e para a diáspora, e para a forma como ela poderia contribuir para a internacionalização do nosso espaço mediático” e “identificando oportunidades de parceria com vários órgãos de comunicação social”, notou.
“Pude, com ele, ver a forma clara e cristalina como olhava para o papel que a diáspora portuguesa pode ter para a afirmação de Portugal enquanto país global”, sublinhou o Secretário-Geral do PS.