Em declarações aos jornalistas, o Secretário-Geral do PS fez questão de sublinhar que este é “um grande exemplo de apoio integrado nas políticas sociais”, realçando que o novo complexo social e de saúde permitirá reforçar a capacidade de resposta a pessoas com deficiência, aos mais idosos, a jovens com necessidades educativas especiais e a famílias que enfrentam dificuldades graves, nomeadamente em áreas como o autismo.
Trata-se de “uma infraestrutura estratégica para a Área Metropolitana de Lisboa”, explicou o líder socialista, sublinhando que a Cerci está preparada para dar respostas especializadas e permanentes em toda a região.
O projeto, que permitirá ainda a criação de cerca de 200 postos de trabalho qualificados, com remunerações acima da média do setor, demonstra, nas palavras de José Luís Carneiro, que “o investimento social pode e deve ser também motor de desenvolvimento económico e valorização profissional”.
Neste sentido, sublinhou que obras desta dimensão só são possíveis graças a políticas públicas sérias, sustentadas e planeadas
“É um exemplo de políticas públicas concretas, com diagnóstico prévio e planeamento conjunto entre governo, autarquia e instituições de solidariedade social”, afirmou, lembrando que tanto o PRR como o programa PARES têm sido instrumentos decisivos para o reforço da rede social em todo o país.
E respondendo a quem questiona o que os governos socialistas deixaram como marca concreta, foi taxativo: “Cá está mais um dos bons exemplos. Diagnóstico, planeamento, definição de financiamentos, lançamento de obras e execução. É assim que se faz política pública responsável.”
O líder socialista sublinhou ainda que, às portas do Natal, é particularmente relevante ver que “a solidariedade não é apenas uma palavra repetida, mas uma realidade inscrita nas políticas públicas”.
Legislação laboral
Questionado sobre o debate em torno da legislação laboral e a hipótese de uma greve geral de dois dias, José Luís Carneiro fez questão de lembrar que o PS tem vindo a alertar, desde agosto, para os “pontos de sensibilidade” e riscos associados às propostas apresentadas pelo Governo da AD.
“Fizemos esse trabalho com as centrais sindicais e com os parceiros da concertação social”, sublinhou, remetendo para os sindicatos a avaliação concreta sobre a greve, mas deixando claro que os socialistas continuarão a defender os direitos laborais e a estabilidade das relações de trabalho.