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José Luís Carneiro coloca valorização da escola pública no centro da resposta socialista aos desafios da educação

José Luís Carneiro coloca valorização da escola pública no centro da resposta socialista aos desafios da educação

No arranque do novo ano letivo, José Luís Carneiro reafirma o compromisso inabalável do PS com a escola pública como espaço de igualdade de oportunidades para todos os jovens, destacando ainda que a valorização dos professores, auxiliares e técnicos de educação será sempre uma prioridade nacional para os socialistas.

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Durante a visita que realizou, ontem, à Escola André Soares, em Braga, o Secretário-Geral do Partido Socialista foi categórico ao sublinhar que “a escola será sempre o esteio fundamental da nossa democracia”.

Acompanhado nesta deslocação por deputados socialistas eleitos pelo círculo bracarense, o líder do PS vincou também a importância fundamental de atender às necessidades e legítimas expetativas dos profissionais de educação uma vez que, explicou, “valorizar quem ensina é garantir igualdade para quem aprende”.

“A escola pública é a casa onde todos cabem e onde, entre o quadro e os cadernos, se escreve o futuro das novas gerações”, afirmou o José Luís Carneiro, destacando de seguida duas preocupações centrais que marcarão a agenda política socialista nos próximos meses: o número recorde de vagas no ensino superior e a persistente falta de docentes no ensino básico e secundário.

Universidades com 10 mil vagas por preencher

O Secretário-Geral do PS começou por alertar para o facto de terem ficado por preencher 10 mil vagas no ensino superior este ano, uma situação inédita desde 2016 e que, apontou, reflete “um problema grave”.

“É a primeira vez em quase uma década que registamos um retrocesso no número de alunos a entrar no ensino superior, quando até aqui a tendência tinha sido sempre de crescimento”, assinalou, considerando urgente proceder a um estudo aprofundado sobre as causas deste retrocesso.

Todavia, apontou que as “dificuldades económicas e sociais das famílias, em particular os custos com a habitação, estão a pesar nas escolhas dos jovens”.

E anunciou que esta questão será objeto de “tratamento específico” no próximo Conselho Estratégico do PS, sublinhando que só com políticas públicas firmes e solidárias será possível garantir o acesso de todos ao ensino superior.

Mais de 100 mil alunos sem professor

O líder do PS chamou também a atenção para outro problema estrutural que afeta o sistema educativo, manifestando preocupação pela crescente falta de docentes.

Com base em estimativas sindicais, José Luís Carneiro advertiu que poderão existir “mais de 100 mil alunos sem professor a pelo menos uma disciplina” neste início de ano letivo, número que, referiu, tenderá a agravar-se nos próximos meses devido a substituições e pedidos de aposentação.

Dirigindo-se ao Governo da AD, recordou os compromissos assumidos nesta matéria por Luís Montenegro, frisando que “ao fim de um ano e meio, nada se resolveu nem se vai resolver até ao fim da legislatura, porque este assunto é mais estrutural do que aquilo que parece”.

O líder socialista não deixou de recordar decisões políticas do passado que agravaram a situação atual, sublinhando que “nunca podemos esquecer que houve um período da nossa história recente em que se afirmou que havia professores a mais e até se aconselhou os professores a emigrar”.

Essas palavras, considerou, tiveram consequências graves, até porque “muitos que tinham a aspiração de virem a ser professores desistiram, e isso traduz-se hoje na falta de professores”, lamentou.

Reforçando que cabe agora à política pública inverter esse caminho e devolver prestígio e dignidade à profissão docente, José Luís Carneiro assegurou que “o PS continuará a lutar para que todos os jovens tenham acesso ao ensino de qualidade” e para que “a escola pública continue a ser o espaço de igualdade e de oportunidades que distingue a nossa democracia”.

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