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José Luís Carneiro apresenta nova direção do PS e destaca necessidade de diálogo alargado

José Luís Carneiro apresenta nova direção do PS e destaca necessidade de diálogo alargado

José Luís Carneiro apresentou, sábado passado, em Lisboa, o novo Secretariado Nacional do PS, defendendo uma liderança baseada na inclusão, na mobilização interna e na afirmação do partido como oposição firme e alternativa ao Governo da AD.

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Na abertura da reunião da Comissão Nacional, órgão deliberativo do Partido Socialista entre congressos, o Secretário-Geral começou por agradecer a confiança dos militantes, reforçando o seu compromisso de unidade.

“Agradeço a confiança que depositaram em mim. Quero contar com todas e com todos. A atual situação não dispensa ninguém. Ninguém está a mais. Ninguém é dispensável”, disse.

Destacando a necessidade de abertura e diálogo alargado com toda a sociedade, o líder do PS avisou ser necessário que o partido conte “com todas as sensibilidades, todas as gerações, todas as origens sociais e culturais e com a militância em todos os níveis de responsabilidade”.

O objetivo, frisou, passa também por “ouvir mais a sociedade civil” e “dar mais de nós”, envolvendo mais pessoas, para “chegar a cada comunidade local”.

Será ainda necessário, acrescentou, “dialogar com os sindicatos e com os sindicalistas, com os ativistas e com os movimentos sociais”.

Referindo-se à composição do novo Secretariado Nacional, José Luís Carneiro fez notar que procurou garantir uma equipa representativa e preparada para mobilizar o PS.

“Cumpre-se o primeiro objetivo de termos uma equipa que vos proponho que seja intergeracional e, ao mesmo tempo, que tem diferentes experiências políticas”, declarou, voltando a apontar as próximas eleições autárquicas como o “principal desafio” para o partido no imediato.

“Neste momento a nossa prioridade deve ser as autárquicas. É aí que mais se pode afirmar a nossa visão humanista, cosmopolita e solidária”, salientou, anunciando de seguida a realização de “uma Convenção Autárquica a 6 de setembro, em Coimbra”.

“Reforçarei o nosso gabinete autárquico com mais meios para apoiar os candidatos e para lhes dar formação política após as eleições”, adiantou depois, explicando que nesta convenção será aprovada a orientação política a seguir pelas diferentes candidaturas autárquicas socialistas.

Oposição firme, construtiva e alternativa

No plano nacional, José Luís Carneiro não poupou críticas ao Governo da AD e à sua aproximação à extrema-direita.

“Seremos oposição firme, construtiva e alternativa”, assegurou, criticando o executivo de Luís Montenegro, que acusou de ter interpretado “mal” os resultados eleitorais em geral e os seus próprios resultados em particular.

A este propósito, sublinhou que “quatro em cada cinco eleitores votou contra o populismo e o extremismo”.

“Mesmo quem votou na AD fê-lo com a expectativa de que governaria sem a bengala da extrema-direita”, assinalou, censurando Montenegro por ter optado por atirar-se para os braços do populismo de extrema-direita logo desde o começo do novo ciclo governativo.

O líder socialista lamentou que, em vez de apresentar soluções para os problemas reais do país, o executivo da AD tenha optado por medidas simbólicas e divisionistas.

“Era de esperar que as primeiras iniciativas do Governo fossem de encontro aos problemas das pessoas na saúde, na habitação, responder aos agricultores, na educação, no apoio às empresas, no modo como olha para a cultura e a ciência”, observou o líder do PS, deplorando que, “entre os problemas reais e virtuais, o executivo tenha escolhido os segundos”

Em causa está a proposta do Governo da AD sobre imigração e nacionalidade, com José Luís Carneiro a alertar para a “leviandade” com que o tema vem sendo tratado, misturando conceitos de forma “irresponsável”.

Neste ponto, recordou que “foi preciso ser o Presidente da República a dizer para ponderarem a leviandade de misturar nacionalidade com imigração e segurança para que parassem para pensar”.

A terminar a sua intervenção, o Secretário-Geral garantiu que o PS manterá o seu rumo na defesa de uma sociedade mais justa.

“O Partido Socialista estará onde sempre esteve. Na posição alternativa. Na defesa da saúde, da habitação, da defesa de uma nova economia, na melhoria dos salários”, assegurou, traçando uma linha clara de diferenciação entre o projeto socialista e a governação da AD, prometendo um PS mobilizador, inclusivo e atento às reais necessidades do país.

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