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João Soares quer mandato mais próximo das pessoas

João Soares quer mandato mais próximo das pessoas

O ministro da Cultura foi a Campo Maior assinar um acordo de colaboração para a requalificação dos edifícios situados no interior do castelo e da fortificação abaluartada desta vila alentejana, prometendo uma política de maior proximidade com as pessoas e as instituições.

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Um olhar sobre a água

Falando na cerimónia, João Soares afirmou querer realizar um mandato de “proximidade” com as pessoas, ouvindo no terreno autarcas e entidades políticas regionais, as suas queixas e sugestões, considerando ser este o caminho mais adequado para se inteirar dos problemas.

Para o ministro da Cultura é preciso afastar a velha prática de tudo comandar e decidir a partir de Lisboa, e passar a ouvir as pessoas no terreno, sendo este, em sua opinião, o modo mais adequado para melhor avaliar as “boas e as más soluções” que têm de ser aplicadas.

Recordando que são “escassos” os recursos financeiros disponíveis, João Soares lembrou, contudo, que as questões relacionadas com o património devem merecer uma atenção especial, já que são “um elemento fundamental” para a identidade de Portugal e uma “mais-valia” face à concorrência de outros países.

Mesmo perante as dificuldades financeiras, disse ainda o titular da pasta da Cultura, a alternativa de Portugal não é descurar ou desleixar a sua história e o seu “notável património cultural edificado”, mas “valorizá-lo e reabilitá-lo” como “imagem de marca do país” e elemento determinante da sua afirmação no mundo.

Valorizar Campo Maior

O protocolo celebrado entre o município de Campo Maior, a Direção Regional de Cultura do Alentejo e alguns proprietários de terrenos envolventes ao castelo e suas fortificações, surge depois do realojamento de cerca de 220 famílias que viviam em condições precárias e de forma ilegal, há décadas, junto às muralhas.

Segundo o ministro João Soares, a partir de agora estão criadas as condições para que os trabalhos de requalificação das muralhas e da zona envolvente ao castelo possam ter início, num projeto que está orçado em perto de 4,2 milhões de euros, a serem financiados em 85% por fundos comunitários, cabendo o restante à autarquia.

Concluídas as obras, garantiu o presidente da autarquia, o socialista Ricardo Pinheiro, o concelho passará a dispor de verdadeiras condições para poder trabalhar na promoção turística, “abrindo novas possibilidades económicas”, quer criando mais emprego, quer proporcionando à sua população maior sustentabilidade económica e qualidade de vida.