Investir na educação é prioridade para as próximas décadas
Durante uma visita que hoje efetuou à Escola de Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém, um projeto pioneiro de promoção da cultura científica dentro da comunidade escolar, e direcionado para alunos do 1º ciclo e aberto à comunidade, o primeiro-ministro, depois de defender o “reforço do papel das autarquias no processo educativo”, acrescentou que a “maior obrigação” e prioridade que o país tem pela frente é prosseguir, nas próximas décadas, o “esforço de continuar a investir na educação”.
Quanto ao trabalho que esta escola de Vila Nova da Barquinha tem vindo a desenvolver, ao nível das atividades científicas junto dos mais novos e da população em geral, António Costa mostrou-se visivelmente satisfeito, lembrando que o investimento que se tem feito neste estabelecimento de ensino é um “investimento estratégico da maior importância” para aquilo que se quer que o país seja daqui a 25 anos, “quando as crianças tiverem completado o seu processo educativo e começarem a aplicar o conhecimento adquirido”.
Quanto àqueles que de uma maneira ou de outra têm mostrado algum receio em ver reforçado o papel das autarquias no processo educativo, António Costa realçou que estes medos ou temores não fazem qualquer sentido, dando precisamente como exemplo a Escola de Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha, onde ficou provado, como sustentou, que o papel da autarquia não só “não fez mal ao projeto educativo”, como, pelo contrário, mostrou ser fundamental para que esta iniciativa tivesse obtido o êxito que obteve.
Estratégia com resultados
Mais tarde, quando visitou as novas instalações da empresa portuguesa de ‘software’Outsystems, em Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, o primeiro-ministro voltou a referir-se ao investimento na educação e na formação, defendendo que o investimento que o país iniciou há algumas décadas, está agora a trazer resultados positivos e a mostrar-se “estratégico para a economia” e para o desenvolvimento do país.
Depois de se referir ao excelente trabalho que esta empresa de ‘software’ desenvolve em Proença-a-Nova, António Costa sustentou que tal êxito deve-se em muito ao facto de o país ter sido capaz, nas últimas décadas, de formar quadros qualificados, sendo esta empresa, como realçou, um “excelente exemplo” de duas coisas estratégicas para o país: o investimento na formação e na educação.
Quanto ao facto de esta unidade estar localizada fora do perímetro das grandes cidades, o primeiro-ministro defendeu que na nova era da economia digital a distância deixou de ser um problema, recordando que estar neste município, situado no distrito de Castelo Branco ou em qualquer outra parte do mundo “é irrelevante”, com a diferença, como salientou, de que “aqui em Proença-a-Nova há qualidade de vida que dificilmente se encontra nos grandes centros urbanos”.
A empresa Outsystems, que arrancou com apenas sete trabalhadores em 2009, conta hoje com cerca de 100, trabalha para mais de 700 clientes, sendo que mais de 600 se encontram espalhados por 43 países do mundo.