Investimento no regadio moderniza 1.630 hectares no distrito de Vila Real
O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, garantindo o governante que estes investimentos do Estado na reabilitação dos regadios tradicionais de Vila Real vão “beneficiar cerca de 1.630 hectares e 1.700 agricultores” dos concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre, Murça, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Valpaços.
Segundo o governante esta é uma autorização governamental que vem “completar” o que ficou estabelecido no âmbito do Programa Nacional de Regadios aprovado em Conselho de Ministros no passado dia 7 de junho de 2018, no valor global de 560 milhões de euros, programa que visa, como acentuou, não só a expansão, mas igualmente a “reabilitação e a modernização de mais cerca de 100 mil hectares de regadio”, em todo o país até 2023, o que proporcionará, por um lado, a criação de “novas áreas regadas” e, por outro lado, como também sublinhou, a criação de mais de “dez mil novos postos de trabalho permanentes”.
Quanto ao investimento que o Governo deliberou fazer no regadio trasmontano do distrito de Vila Real, Capoulas Santos sustentou tratar-se de uma “aposta num pilar fundamental para o desenvolvimento da região”, bem como “um instrumento essencial para ajudar à fixação das populações e de apoio à agricultura familiar”.
Alterações climáticas
Para o titular da pasta da Agricultura, a reabilitação destes regadios enquadra-se num projeto do Governo mais vasto, que tem em vista, como recordou, a “valorização dos territórios agrícolas” contribuindo para que este setor se “torne cada vez mais produtivo e competitivo”, nomeadamente através do “uso mais eficiente da água”, garantindo que a sustentabilidade da atividade agrícola assume igualmente um carácter prioritário.
Luís Capoulas Santos teve ainda ocasião de chamar a atenção para o fenómeno das alterações climáticas, defendendo a necessidade de “adaptar a agricultura portuguesa” a esta nova realidade, designadamente, como defendeu, contribuindo com a sua atividade para uma “estratégia de descarbonização”, reputando esta discussão como prioritária e “urgente” tendo em vista uma correta e equilibrada “promoção do uso eficiente da água”, de modo a que seja viável, como sustentou, a “constituição de reservas para enfrentar tempos de escassez decorrentes das alterações climáticas”.