Investimento na qualificação e inovação reforça posição de vanguarda da indústria automóvel em Portugal

A indústria automóvel adquiriu em Portugal um peso decisivo no conjunto da economia nacional, mostrando-se Pedro Siza Vieira otimista quanto ao futuro do setor, apontando 2020 como o ano em que as perspetivas “são de crescimento”. Uma certeza que o ministro sustenta no facto de as empresas portuguesas do setor terem manifestado publicamente a intenção de não estarem apenas a pensar no presente ano e no próximo, “mas nos investimentos que têm de fazer para o futuro”.

Segundo o governante, este é um otimismo que advém do facto de as exportações do sector automóvel terem crescido em 2019 de forma muito significativa, atingindo os 13 mil milhões de euros, lembrando que num momento em que o mercado automóvel mundial está com algumas incertezas “é bom ver que os nossos produtores estão a ter capacidade de ganhar quota de mercado”.

O governante teve ainda ocasião para lembrar, durante uma visita a uma empresa do setor em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, que 2019 constituiu um “ano recorde” para os produtores de automóveis portugueses, uma realidade que veio permitir, como salientou, que Portugal tivesse entrado por direito próprio para o “clube dos grandes produtores de automóveis”. Uma realidade que o Governo pretende reforçar e ampliar, garantindo o ministro da Economia que haverá, neste sentido, “novas condições” para que as empresas possam consolidar cada vez mais a sua posição, “não de empresas que estão na ponta da Europa”, mas sobretudo de um setor que está no “centro do oceano Atlântico”, numa posição privilegiada para se poder “relacionar com o mundo e os mercados para onde quer exportar”.

Continuar a investir

O ministro Pedro Siza Vieira referiu-se ainda aos passos que o Governo quer dar para que a industria automóvel em Portugal continue a ter a pujança e o sucesso que, entretanto, já alcançou, designadamente, no que se refere ao “investimento na qualificação dos recursos humanos”, ou, ainda, à continuação da “aposta na ligação entre o sistema científico e tecnológico e o tecido industrial”.

Só criando melhores condições, designadamente ao nível dos “custos de contexto”, quer ao nível das infraestruturas, quer gerando novas e empreendedoras “ligações ao mundo”, será possível fazer crescer e consolidar o setor em Portugal, defendeu o ministro da Economia no final de um périplo que efetuou por diversas unidades de produção, tendo passado por Mangualde, pela unidade fabril da PSA, pelo Tramagal, no concelho de Abrantes, pela AutoEuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, e tendo terminado em Vila Nova de Gaia, na unidade da Caetano Bus, empresa do universo Salvador Caetano.