Investimento na educação é prioridade no orçamento para 2017
António Costa falava no final de uma visita de quase duas horas ao Liceu Passos Manuel – uma escola situada no centro histórico de Lisboa (freguesia da Misericórdia), inaugurada em 1911, renovada em 2010 no tempo do segundo Governo de José Sócrates, e que teve o primeiro-ministro como seu aluno na década de 70.
Tendo o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, ao seu lado, o líder do Executivo mostrou-se satisfeito por ter voltado à sua antiga escola e congratulou-se com o facto de o novo ano letivo ter arrancado “bem, ou seja, de uma forma normal, com tranquilidade, como devem começar todos os anos escolares”.
Defendeu em seguida que “é importante que os professores sejam colocados a tempo e horas, que os alunos também sejam colocados a tempo e horas nas escolas, e que as escolas possam abrir normalmente” no início de setembro de cada ano.
Aos jornalistas, o primeiro-ministro adiantou que o seu Governo está a concluir a proposta de Orçamento do Estado para 2017, que só será apresentada na Assembleia da República dentro de um mês, mas que já se sabe que terá a educação como prioridade em termos de investimento.
Insistiu ainda em que o próximo Orçamento “dará a devida prioridade à educação, porque o investimento em educação é essencial para o desenvolvimento sustentável do país, tendo uma economia sólida e uma sociedade de cidadãos ativos, informados, que reforcem a vida democrática”.
Refira-se que o primeiro-ministro, 30 ministros e secretários de Estado visitaram escolas do norte ao sul do país e, em muitos casos, regressam ao estabelecimento de ensino onde estudaram.
Quinze ministros e igual número de secretários de Estado participam nesta iniciativa de valorização da escola pública e, em muitos casos, visitam uma das escolas em que estudaram.
Alunos transferidos para o público com integração eficaz
Na ocasião, o ministro da Educação frisou que os alunos que se transferiram para o ensino público, provenientes de escolas com contratos de associação, foram alvo de resposta “eficaz” e começaram o ano escolar com “normalidade”.
Tiago Brandão Rodrigues disse desconhecer indicadores de que a quebra de financiamento do Estado a turmas nos colégios já terá levado ao despedimento de quase 500 pessoas (300 dos quais professores), à perda de 10 mil alunos para o público, podendo custar mais de 45 milhões de euros.
“O que sei, neste momento, é que todas as crianças que se encontravam em escolas com contrato de associação – e que as famílias decidiram inclui-las no nosso sistema público de educação – tiveram uma resposta eficaz, com a colaboração de muitos diretores de agrupamento. De forma eficaz, esses diretores de agrupamento souberam receber esses jovens e crianças e, agora, estão completamente integrados no sistema público”, contrapôs o titular da pasta da Educação.