Investimento em Évora é sinal de confiança em Portugal
Para António Costa, este investimento da multinacional francesa, o segundo depois de ter já apostado numa outra unidade industrial em Setúbal, é um “sinal claro de confiança em Portugal” e a demonstração de que o país é um “destino competitivo” para o investimento estrangeiro.
Um investimento que o primeiro-ministro classificou como mais um “contributo para reforçar a competitividade do tecido económico português”, e que vem evidenciar a boa localização do país para acolher investimento estrangeiro de grande dimensão e complexidade, em sectores de alta tecnologia.
Depois de realçar que o Estado português “continua mobilizado” para criar as melhores condições para que os investidores escolham Portugal para os seus negócios, o primeiro-ministro salientou que são as empresas inovadoras “o motor do crescimento e da criação de emprego que desejamos” para Portugal.
Porque são estas as empresas, acrescentou, que reforçam a “estratégia de garantir a competitividade” não pelos baixos salários, nem pela “compressão dos direitos laborais”, mas através da aposta nas “qualificações dos portugueses, na inovação e na modernização da economia”.
Mão-de obra qualificada
Também para Júlio de Sousa, presidente do grupo francês Mecachrome, a decisão de reforçar a presença em Portugal justifica-se, não só pela “confiança do grupo no país”, mas também pela qualidade das suas infraestruturas, na “mão-de-obra qualificada”, mas também pelo facto de Portugal dispor de “excelentes estruturas” e de um bom nível de competitividade.
A ocasião serviu ainda para o líder do grupo francês recordar que a cidade de Évora já conta com a presença de outras empresas ligadas ao cluster da aeronáutica, como a brasileira Embraer, defendendo que a instalação da nova fábrica da Mecachrome de componentes metálicos para a indústria aeronáutica, no Parque da Indústria Aeronáutica da cidade, vem não só ajudar a consolidar o nível de investimento estrangeiro e estruturante no país, já que se trata, como salientou, de um investimento que é “produtivo e com grande capacidade exportadora”, que cria riqueza e postos de trabalho, mas também demonstrar a confiança que o investimento estrangeiro tem por Portugal.