Investimento de 590 milhões para aumentar competitividade e exportações do setor agrícola
O otimismo do ministro advém do facto de já neste momento estarem aprovados cerca de 200 projetos de “pequenos, médios, mas também de grandes regadios”, num investimento de perto de 311 milhões de euros, estando ainda previsto, como referiu Luís Capoulas Santos, mais “280 milhões de euros para ampliar em mais 100 quilómetros a atual rede de regadio”.
O empenho do Governo numa aposta robusta no reforço das redes de regadios de norte a sul do país, a curto, médio e longo prazo, referiu o ministro, tem em vista criar condições objetivas para que Portugal possa usufruir de uma economia, também a nível agrícola, não só mais estável, mas igualmente mais forte e competitiva, que no “contexto climático em que vivemos”, como salientou, é praticamente impossível “sem disponibilidade de água”.
O ministro falava na cerimónia de assinatura da consignação da empreitada da rede de rega do Bloco de Sabariz/Cabanelas, em Vila Verde, distrito de Braga, uma empreitada orçada em 8,1 milhões de euros, que incluirá, como recordou Capoulas Santos, a “recuperação de caminhos e da rede de drenagem”.
Para o titular da pasta da Agricultura, a aposta nos regadios revela que o Ministério que lidera está atento à importância estratégica destes equipamentos, que “são essenciais”, como reforçou, para “melhorar as condições de competitividade da agricultura portuguesa”, lembrando que nos últimos três anos o Governo já abriu 53 novos mercados para países fora da União Europeia, exportando “mais de 200 produtos portugueses”, entre hortícolas, frutícolas, carne e produtos transformados, estando neste momento em negociações para chegar a mais “cerca de meia centena de mercados”, entre os quais “a Índia e a China”.
Mercados e números que significam que Portugal está hoje a “bater recordes nas exportações”, designadamente na área dos hortofrutícolas, setor onde, garante Capoulas Santos, “já ultrapassámos a barreira dos 1.500 milhões de euros”, havendo ainda “um enorme potencial”, como salientou, tendo em vista que Portugal dispõe de “condições únicas” do ponto de vista climático, que permitem termos produtos que são “dificilmente batidos nos mercados internacionais”.