Indústria de Defesa é mais-valia qualificada para a economia nacional
Para João Gomes Cravinho, a indústria da Defesa tem de ser encarada como uma das áreas mais promissoras para a economia portuguesa, lembrando tratar-se de um setor que é “tecnologicamente muito evoluído” e que representa hoje “uma fatia muito significativa das nossas exportações”.
O ministro apontou que cerca de 80% do que a industria portuguesa de Defesa produz é para exportação, salientando que, entre as vendas ao estrangeiro e a evolução tecnológica que se tem vindo a registar no setor, há uma clara “mais-valia” para a economia nacional.
Segundo João Gomes Cravinho, a indústria da Defesa, por se tratar de um setor que é “tecnologicamente muito evoluído”, significa que “quanto mais cresce, mais crescem também as empresas suas fornecedoras”, realidade que, para o ministro, “ajuda a qualificar ainda mais a economia nacional”.
Reconhecendo que esta é, contudo, uma área atualmente em grande mutação a nível internacional e cujo resultado final, como assumiu, “ainda está longe de ser claro”, o governante defendeu que, dedicando uma particular atenção a este fenómeno, será possível desenhar uma estratégia.
Fundo europeu de Defesa
O ministro lembrou ainda que será em breve criado um fundo europeu de Defesa que vai ajudar a fortalecer a atual tendência para a “consolidação de consórcios europeus”, sustentando, a este propósito, que o desafio que hoje se coloca também à indústria da Defesa já não é tanto para que existam no quadro europeu empresas que produzem bem uma componente tecnológica, “mas que essas empresas, fazendo bem, se enquadrem também em cadeias de valor internacionais”.
Para João Gomes Cravinho, a Defesa é uma indústria que tem “contornos geoestratégicos da maior importância para o futuro da Europa”, sendo por isso determinante para o futuro do continente que ela seja pensada, quer “na lógica industrial e comercial, quer também na lógica geoestratégica”.