Ao visitar, ontem, a nova residência universitária de construção modular, em Valença, e uma zona industrial de habitação modular de Braga, o Secretário-Geral do PS sustentou que esta modalidade construtiva “é a solução para o futuro da habitação em Portugal”.
A nova residência universitária de Valença, que deverá receber os primeiros alunos no segundo semestre deste ano, foi assinalada como exemplo de construção modular que pode ser adotada para ajudar a resolver o problema da falta de casas no país.
O edifício foi construído em madeira e betão, em menos de um ano e, de acordo com o líder socialista, reúne “várias virtudes” em relação ao modo de construção tradicional: “produz mais, em menos tempos e mais barato”.
“E num contexto em que a escassez de mão de obra também é uma realidade, há ainda um quarto aspeto muito importante, que é o da sustentabilidade ambiental que este tipo de construção permite”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas, criticando o Governo da AD por não ter implementado, até agora, medidas assertivas que garantam o direito à habitação para todos.
Deplorou, assim, que “grande parte dos jovens” tenha ficado de fora das iniciativas avançadas pelo executivo liderado por Luís Montenegro, evidenciando o facto de muitos jovens não terem “sequer capacidade de endividamento” ou “salários que lhes confiram taxas de esforço que lhes permitam beneficiar da garantia pública”.
Perante este quadro, o líder do PS alertou novamente para a necessidade de “escalar muito a construção pública” no país, lembrando que em Portugal se constrói pouco mais de vinte mil casas por ano.
Neste ponto, insistiu na urgência de “aumentar muito o número” de fogos disponíveis no parque habitacional público.
“Duplicar ou triplicar, se fosse possível, porque nós precisamos de, em poucos anos, dar resposta às necessidades elevadas de habitação, não só da população mais carenciada, mas também da classe média”, enfatizou o Secretário-Geral do PS, referindo ainda que mesmo que o setor privado faça “o seu trabalho”, o Estado português, as autarquias, a administração central, “tem de assumir maior responsabilidade para conseguir garantir habitação para as famílias”.