Imprudência de Passos e Albuquerque põe em causa interesses do país
“Acho absolutamente lamentável que, em particular o primeiro-ministro e a senhora ministra das finanças, que para todos os efeitos ainda estão nessas funções, se permitam fazer os discursos públicos que têm feito […] que são muito imprudentes face ao esforço que todos devemos fazer para ser reforçada a confiança”, disse o secretário-geral do PS, recordando que lhes cabe a eles ter “serenidade e sangue frio”.
Responsabilizando diretamente Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque por acenar com o perigo de instabilidade como arma política, o líder socialista criticou veementemente que os ainda governantes estejam a pôr em causa o interesse do país e a prejudicar a forma como Portugal é visto lá fora.
As críticas de António Costa surgiram na sequência de uma pergunta sobre o que fará se indigitado primeiro-ministro, em relação ao Novo Banco.
Na entrevista, o Secretário-geral do PS explicou ser “preciso tratar de evitar alienações precipitadas”, lembrando que “devemos retirar do campo do combate político as questões do sistema financeiro”.
E reiterou a sua convicção de que é a Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, a quem compete o pleno esclarecimento da situação, “coisa que ainda não fez”.