home

Hospitais retomam consultas programadas a 4 de maio

Hospitais retomam consultas programadas a 4 de maio

A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que alguns hospitais vão retomar as consultas programadas a partir de 4 de maio e mostrou-se confiante na capacidade do Serviço Nacional de Saúde em “garantir que a atividade suspensa é recuperada o melhor possível”.

Notícia publicada por:

“Bons resultados” começam a aparecer mas levantamento de medidas depende da “consolidação de dados”

Marta Temido revelou, em conferência de imprensa, que o Ministério da Saúde contactou na última sexta-feira a maioria dos hospitais que pertencem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), inteirando-se que “há hospitais em que o início da retoma começa já na semana de 4 de maio”.

Os restantes hospitais irão retomar as consultas “mais para adiante”, frisou a ministra da Saúde, que adiantou que há já instituições que iniciaram “uma remarcação da atividade que há umas semanas estava suspensa”.

Os calendários de retoma de cada hospital e centro de saúde estão dependentes da “pressão que cada instituição sente na sua envolvente”, explicou a governante. “Algumas entidades e instituições do interior do país, na Beira Baixa, e algumas instituições do Norte Alentejano terão maior facilidade se o panorama se mantiver, numa retoma precoce da atividade”, num processo “gradual, faseado e acompanhado”, disse a ministra, acrescentando que a mesma lógica é aplicada aos centros de saúde, onde se tem apostado na utilização da telemedicina.

Marta Temido considera importante que a atividade do Serviço Nacional de Saúde não relacionada com a pandemia de Covid-19 seja “retomada de forma faseada, com recurso à tele-saúde e à prescrição eletrónica”, sendo crucial que os profissionais de saúde trabalhem sempre protegidos.

Até ao final do mês de março, registou-se um decréscimo de 320 mil consultas médicas nas unidades de cuidados de saúde primários, de 180 mil consultas médicas hospitalares e nove mil cirurgias programadas, devido à resposta do Serviço Nacional de Saúde à pandemia, lembrou.

“A resolução destes efeitos adversos da Covid-19 nada tem a ver com a de outros fenómenos de suspensão da atividade com que nos confrontámos nos tempos recentes. Nada tem a ver com o esforço necessário para recuperar desta atividade suspensa com aquilo que foi o esforço para recuperar de greves ou de listas de espera”, sublinhou.

Por isso, a recuperação “que aí vem vai ser muito mais penosa”, até porque terá que haver um maior espaçamento entre consultas, num processo feito de forma “avaliativa e gradual”, admitiu Marta Temido, que se mostrou convicta de que “se o SNS tem sido capaz de ser exemplar na resposta aos portugueses na Covid-19, será certamente capaz de garantir que a atividade suspensa é recuperada o melhor possível, com o menor dano possível. Mas é evidente que é impossível sair desta situação sem marcas nem cicatrizes”.