À entrada para a Convenção Autárquica da JS, que reuniu, sábado, em Coimbra, largas dezenas de jovens, o Secretário-Geral do PS enalteceu o papel dos jovens socialistas na construção de uma agenda autárquica centrada na valorização dos rendimentos médios, na habitação acessível, no combate ao aumento do custo de vida e na defesa da qualidade da vida democrática.
“Estou aqui para valorizar o trabalho dos nossos jovens, que querem apresentar uma agenda para o poder local democrático, com prioridades que são muito relevantes para os portugueses”, afirmou o líder do PS, sublinhando como primeira preocupação “a valorização dos rendimentos médios dos mais jovens”.
A este propósito, o líder socialista enfatizou também a importância de fazer convergir os rendimentos médios nacionais desta faixa etária com os níveis europeus.
Já no capítulo da habitação, José Luís Carneiro criticou fortemente o executivo da AD, deplorando que persista na “ausência de uma resposta estruturada para a crise” que se vive nesta área.
“É impossível olhar para a passividade do Governo quando Portugal foi o país da OCDE em que os custos da habitação mais subiram”, salientou, adiantando que a informação recolhida junto dos autarcas do PS tem revelado que muitos municípios “estão há meses sem conseguir sequer contactar o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana”.
De seguida, José Luís Carneiro evidenciou outra preocupação dos jovens, desta feita com o agravamento do custo de vida, particularmente com o aumento dos preços dos bens alimentares, avisando sobre a urgência de implementar medidas de mitigação.
Neste ponto, defendeu ser fundamental “reafirmar propostas” apresentadas no programa eleitoral socialista, nomeadamente o IVA Zero para os bens alimentares do cabaz básico, “porque os preços destes estão a subir de forma exponencial e isso está a ter impactos muito fortes nas famílias”.
José Luís Carneiro sinalizou ainda a preocupação dos mais jovens com as ameaças que os extremismos representam para a vida democrática no país, saudando a vontade crescente entre a juventude de defender os valores do 25 de Abril e impedir retrocessos históricos.
“Os nossos jovens estão muito preocupados com o modo como a extrema-direita, o populismo, a radicalização das sociedades estão a perturbar o diálogo saudável, construtivo de uma democracia qualificada e europeia, pluralista, diversa, que respeite os direitos humanos e que os valorize todos os dias na agenda quotidiana, na defesa da dignidade de toda a pessoa”, resumiu.