Guterres condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade
A condecoração, atribuída em reconhecimento a “um percurso de vida que tem prestigiado Portugal”, foi recebida “com grande satisfação” por um Guterres visivelmente “sensibilizado”, que agradeceu o que descreveu como “uma honra pessoal”.
Na cerimónia, que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e outras individualidades, para além de familiares e amigos, António Guterres manifestou o seu orgulho de ser português e pertencer à geração do 25 de abril “no mundo de paradoxos em que vivemos”, confessando-se desiludido com uma Europa que não soube acolher os refugiados.
“Quando olho para essa Europa, é profundamente reconfortante voltar a Portugal”, afirmou, destacando o exemplo de um país “sem medo” que, apesar da crise, “soube acolher como não o souberam fazer estados muito mais ricos”.
Recorde-se que, depois de cessar funções como primeiro-ministro, António Guterres foi condecorado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo e exerceu o cargo de alto-comissário da ONU para os Refugiados durante uma década, tendo terminado o mandato em final de 2015.
Imperativa candidatura a secretário-geral da ONU
Entretanto, o Governo já anunciou que vai apresentar a candidatura de Guterres a secretário-geral das Nações Unidas, sublinhando que se trata de “um imperativo”, sublinhando a “longa experiência política” e “a forma exemplar” como o antigo líder e governante socialista exerceu altos cargos internacionais”.