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Governo tem bons argumentos para defender orçamento

Governo tem bons argumentos para defender orçamento

Confiante e convicto da sua proposta orçamental para 2016, o Governo do PS está pronto para esclarecer as dúvidas levantadas pela Comissão Europeia. Quem o garante é o primeiro-ministro, adiantando que o Executivo tem “bons argumentos” económicos para defender a sua posição.

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António Costa considerou “normal” a carta da Comissão Europeia na qual é questionada a forma como o Governo português vai reduzir o défice estrutural em 0,2 pontos percentuais.

“A Comissão diz: temos aqui um conjunto de dúvidas do ponto de vista técnico e queremos trabalhar convosco para esclarecer essas dúvidas”, disse António Costa aos jornalistas, no final da cerimónia de assinatura de 54 projetos de desenvolvimento local.

Em Ponte de Sor, Portalegre, o primeiro-ministro deixou claro que em momento algum a Comissão pôs “qualquer outro cenário em cima da mesa”.

“Não há nenhuma razão para o pôr [outro cenário], para eu pôr ou para anteciparmos”, insistiu, considerando que a reação da Comissão Europeia revela “um sinal muito positivo, mostrando-se disponível para desenvolver “um diálogo construtivo”.

“É um sinal muito positivo que a Comissão tão rapidamente tenha pedido a realização das reuniões técnicas para o esclarecimento e que o queira fazer num curto prazo de modo a que não se atrase este processo orçamental”, afirmou o governante.

Visita da troica sem relevância política

A propósito da primeira visita da troica com o Governo PS, António Costa disse que se trata apenas de uma visita técnica, que “não tem relevância política”.

“A visita de hoje não tem nada a ver com as visitas anteriores. Agora são umas visitas de técnicos que vêm fazer um acompanhamento corrente e que é um trabalho que é feito ao nível técnico, não tem relevância política”, declarou António Costa, 

A primeira visita da troica com o Governo socialista decorre até 3 de fevereiro.

Esta avaliação pós-programa será a primeira desde que o novo Governo liderado por António Costa tomou posse, que começou já a reverter algumas medidas de austeridade implementadas durante o período do resgate, conforme o compromisso estabelecido com os portugueses durante a campanha eleitoral e consagrado no Programa de Governo.