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Governo reafirma compromisso de apoio à educação superior nas emergências

Governo reafirma compromisso de apoio à educação superior nas emergências

Portugal vai continuar “na linha da frente” das políticas de apoio aos refugiados, garantiu o primeiro-ministro, António Costa, justificando a razão pela qual o Executivo candidata António Vitorino ao cargo de diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações.

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Governo reafirma compromisso de apoio à educação superior nas emergências

Falando na abertura de uma conferência internacional sobre “Educação Superior em Situações de Emergência”, encontro que esta manhã teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o primeiro-ministro começou por recordar o compromisso assumido por Portugal na cimeira para os refugiados das Nações Unidas, que se realizou em setembro de 2016, em Istambul, encontro internacional onde o Governo garantiu que irá “promover a educação superior nas emergências”.
Um tema que António Costa considerou ser da “maior importância”, porque, como realçou, quando se fala em guerras e desastres naturais, com a destruição a elas associadas, e a “reversão das condições de desenvolvimento que provocam”, é necessário que se pense, “desde o primeiro momento, na reconstrução e na preparação do futuro”.
Mas para que este objetivo possa alcançar o êxito desejado, defendeu o primeiro-ministro, tal só pode ser feito, como salientou, através de uma “resposta coordenada” que vise assegurar a educação superior nas emergências aos refugiados e aos estudantes deslocados pela força, com especial atenção “para o grupo etário dos 18 aos 24 anos” porque é aí, assegurou, que se “concentram todas as expetativas”.
Com efeito, adiantou ainda o primeiro-ministro, é nas novas gerações que “repousa a esperança”, de que um dia as sociedades flageladas pela guerra ou atingidas por catástrofes naturais se “reergam de forma consistente e duradoura”.
Perante uma plateia, onde marcaram presença destacadas personalidades nacionais e internacionais, como o antigo Presidente da República e atual presidente da Plataforma Global da Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, Jorge Sampaio, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, e a diretora executiva do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, o primeiro-ministro fez questão de reafirmar o seu apoio à criação de um mecanismo de resposta rápida para o ensino superior nas emergências, cujas bases, como lembrou, “serão hoje aqui lançadas”, afirmando que o Governo português, que lidera, assume com “orgulho o contributo que tem dado ao nível das políticas de acolhimento e integração dos refugiados”.

Candidatura de António Vitorino
É com base neste quadro, disse o primeiro-ministro, que melhor se poderá compreender a candidatura apresentada pelo Governo do antigo ministro socialista e comissário europeu, António Vitorino, ao cargo de diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, porque Portugal, garantiu, “vai continuar a estar na linha da frente destas temáticas”.

Unidade e empenhamento
Antes da intervenção do primeiro-ministro, tinha usado da palavra o antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, que apelou à necessidade de uma maior consciência no reforço da “unidade e no empenhamento” a nível internacional para “expandir a causa da educação superior nas emergências”, lamentando, contudo, que este objetivo tenha sido substancialmente “negligenciado nos últimos anos”.
Jorge Sampaio sustentou ainda que a possibilidade de acesso ao “conhecimento, formação e educação” é um instrumento fundamental para abrir um horizonte de maior esperança no futuro a um grupo populacional que se estima, atualmente, em mais de 66 milhões de deslocados e 25 milhões de refugiados em todo o mundo.