Governo quer turismo sustentável
“Já foram aprovados oito projetos, com um incentivo de 2,5 milhões de euros, ao abrigo da Linha de Apoio à Sustentabilidade”, anunciou ontem a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. As declarações foram proferidas ontem por ocasião da celebração do contrato firmado com a Junta de Freguesia da Misericórdia, em Lisboa.
Gerida pelo Turismo de Portugal, a linha de apoio vai atribuir 300 mil euros à Junta de Freguesia da Misericórdia, com vista a promover a atividade turística de forma sustentável, junto de residentes e turistas, através do projeto “Viver@Misericórdia”.
“Este é um projeto pioneiro e exemplar no âmbito da Linha da Sustentabilidade no Turismo”, classificou Ana Mendes Godinho, acrescentando que “Já foram aprovados até ao momento 8 projetos no âmbito desta Linha, no valor de 2,5 milhões de euros. Estão neste momento em análise 50 projetos”, informou a secretária de Estado.
Considerando que se trata do arranque prático da linha de apoio, criada pelo Governo em outubro de 2017, Ana Mendes Godinho sublinhou que “Este projeto demonstra como o Turismo deve ser instrumento de mobilização de iniciativas sociais e culturais que promovam a coexistência entre residentes e turistas, valorizando a autenticidade e envolvendo as populações”.
A responsável pela pasta do Turismo acrescentou que, deste modo, o Governo pretende “ajudar as associações locais a desenvolverem as suas atividades, aproveitando os turistas que estão na freguesia”, considerou.
Por seu lado, a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, declarou que “Estamos empenhados em melhorar a qualidade de vida dos residentes e de quem nos visita”, pelo que, “agradeço e saúdo o Governo, na pessoa da senhora secretária de Estado, a iniciativa de criar esta linha de apoio”.
A autarca referiu que o projeto “Viver@Misericórdia” visa garantir a “sustentabilidade” do turismo e promover o “equilíbrio entre a função turística e a função residencial”, numa lógica de cumprimento dos direitos sociais dos cidadãos.
Referindo-se à freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, referiu que “temos que acolher da melhor forma possível os turistas de modo a que o turismo em Lisboa não seja uma “moda”, mas sim um movimento sustentável”, para isso é necessário “diminuir os impactos negativos”, tais como “a maior produção de lixo e o desgaste prematuro dos equipamentos e espaço público”, considerou Carla Madeira.
A edil acrescentou, ainda, que é necessário “manter autenticidade e valorizar a identidade” enquanto fatores de atratividade da freguesia, da cidade e do país”, concluiu.
Recorde-se que a linha de apoio à sustentabilidade enquadra-se no Programa Valorizar, criado em outubro de 2016, o qual visa promover a requalificação dos espaços públicos com interesse para o turismo e da valorização do património cultural e natural do país. O Programa Valorizar pretende ainda promover o desenvolvimento de condições para a promoção da sustentabilidade da atividade turística.